Mundo

Petro anuncia diálogos de paz com a maior organização narco da Colômbia

O poderoso Clã do Golfo conta com mais de 7.500 integrantes entre combatentes e redes de apoio

Petro anuncia diálogos de paz com a maior organização narco da Colômbia
Petro anuncia diálogos de paz com a maior organização narco da Colômbia
O presidente colombiano, Gustavo Petro. Foto: Handout / Colombian Presidency / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta sexta-feira 8 o início de “conversas” no exterior com o Clã do Golfo, a maior organização de narcotráfico do país, que bate recordes de cultivo de drogas.

O poderoso grupo ilegal de origem paramilitar, que se autodenomina Exército Gaitanista da Colômbia e conta com mais de 7.500 integrantes entre combatentes e redes de apoio, é o maior produtor de cocaína do mundo e um dos principais desafios de segurança do primeiro governo de esquerda do país.

“Iniciamos conversas fora da Colômbia com o autodenominado Exército Gaitanista”, disse Petro durante um evento em Córdoba, sem dar mais detalhes.

O Clã do Golfo insiste em ser reconhecido como grupo político e receber um tratamento judicial diferenciado, semelhante ao dado à guerrilha e aos esquadrões paramilitares.

No fim de julho, o governo apresentou ao Congresso uma proposta polêmica para submeter grupos criminosos, oferecendo benefícios como redução de penas e proibição de extradição, em troca do seu desarmamento.

Desde que assumiu o mandato, em 2022, Petro tenta negociar o desarmamento de diferentes grupos armados, sem sucesso até agora.

“Estamos tentando retirar as finanças” dos grupos que “incendeiam a violência em muitas regiões da Colômbia”, declarou o presidente.

Em meio ao recorde de cultivos ilícitos no país, com 253 mil hectares registrados em 2023, segundo a ONU, as forças armadas realizam uma grande ofensiva para tentar conter o grupo narcotraficante.

Espera-se que, em setembro, os Estados Unidos decidam se renovam ou não a certificação da Colômbia como aliado na luta antidrogas. Caso não o façam, o país sul-americano deixará de receber ajuda americana para combater as guerrilhas e os narcotraficantes.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo