É um dia frio e uma multidão está reunida no National Mall, em Washington, para a posse do 47º presidente dos Estados Unidos. Ao meio-dia de 20 de janeiro de 2025, Donald Trump coloca a mão sobre uma Bíblia, faz o juramento de posse e um discurso inaugural com um tema simples: retaliação. Esse é o cenário de pesadelo para milhões de norte-americanos, cada vez mais forçados a levá-lo a sério. As pesquisas de opinião mostram Trump à frente para a nomeação presidencial republicana e a bater por pouco o democrata Joe Biden num confronto hipotético. Os analistas políticos podem fazer muitas ressalvas, mas quase todos concordam que a corrida para a Casa Branca no próximo ano será muito acirrada.
O fato de haver uma hipótese mais do que remota de o ex-presidente, duas vezes acusado de impeachment e quatro vezes indiciado, retornar ao Salão Oval faz soar o alarme. “Seria o fim do nosso país como o conhecemos”, disse recentemente Hillary Clinton, que perdeu para Trump em 2016, no programa de entrevistas The View, na ABC. “E eu não digo isso levianamente.”
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