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Peru reconhece Edmundo González como ‘presidente eleito’ da Venezuela

O chanceler peruano anunciou que as autoridades não descartam considerar o regime de Maduro um ‘governo de facto’ a partir de janeiro de 2025

Peru reconhece Edmundo González como ‘presidente eleito’ da Venezuela
Peru reconhece Edmundo González como ‘presidente eleito’ da Venezuela
Edmundo González e María Corina Machado, após o CNE anunciar a vitória de Nicolás Maduro. Foto: Federico Parra/AFP
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O governo do Peru reconheceu nesta terça-feira 30 o opositor Edmundo González Urrutia como “legítimo” presidente eleito da Venezuela após as eleições de domingo, não reconhecendo a decisão da autoridade eleitoral venezuelana de declarar Nicolás Maduro vencedor, afirmou o chanceler Javier Gonzáles-Olaechea à emissora estatal TV Perú Noticias.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, de viés governista, concedeu a vitória do pleito a Maduro, para um terceiro mandato de seis anos, um resultado que a oposição denuncia como “fraude” e que foi rejeitado por parte da comunidade internacional.

O chanceler peruano anunciou que as autoridades não descartam considerar o regime de Maduro um “governo ‘de facto‘”, que não é reconhecido oficialmente, a partir de janeiro de 2025, data em que termina o segundo mandato do governante venezuelano.

O Ministério das Relações Exteriores do Peru ordenou aos funcionários diplomáticos venezuelanos que deixem o país “em um prazo de até 72 horas” diante “das graves e arbitrárias decisões tomadas hoje pelo regime venezuelano”.

A decisão foi anunciada depois de o governo de Maduro decretar a retirada de suas missões diplomáticas em Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai, e exigiu a mesma ação desses países por não reconhecerem o triunfo da situação.

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