Mundo
Pentágono diz monitorar um balão espião chinês que sobrevoa os EUA
‘Estamos tomando medidas para nos proteger da coleta de informações confidenciais’ afirmou uma autoridade norte-americana


O Pentágono monitora um balão espião chinês que sobrevoa o território dos Estados Unidos, informou um alto funcionário da Defesa norte-americana nesta quinta-feira 2.
A pedido do presidente Joe Biden, o Departamento de Defesa considerou abater o aparato, mas decidiu não fazê-lo devido aos potenciais riscos para as pessoas em solo, indicou a fonte, que pediu anonimato.
“Claramente, a intenção deste balão é a vigilância, e a rota de voo atual o leva a uma série de locais sensíveis”, disse o oficial.
O Pentágono não acredita que se trate de uma grande ameaça, porque “tem um valor aditivo limitado de uma perspectiva de coleta de [dados de] inteligência”.
“Estamos tomando medidas para nos proteger da coleta de informações confidenciais por parte de inteligência estrangeira”, afirmou, porém, a fonte.
O balão entrou no espaço aéreo americano “há vários dias”, segundo ele, mas os serviços de inteligência dos EUA já o rastreavam antes.
Vários aviões de combate examinaram o balão quando ele sobrevoava o estado de Montana, norte do país. Atualmente, voa “a uma altitude muito acima do tráfego aéreo comercial” e “não representa uma ameaça militar ou física para as pessoas em terra”, disse o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, em comunicado.
A China já enviou balões de vigilância sobre os Estados Unidos no passado.
O episódio se soma às tensões entre Estados Unidos e China por Taiwan, que o governo chinês considera parte de seu território e cujo controle a gestão de Xi Jinping pretende recuperar um dia, mesmo que por força.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

‘Está na hora de a China colocar a mão na massa’, diz Lula sobre busca pela paz entre Rússia e Ucrânia
Por CartaCapital
Senadores dos EUA cobram celeridade de Biden sobre pedidos de investigação contra Bolsonaro
Por Victor Ohana
Michelle diz que Bolsonaro, ainda nos EUA, não tem medo de ser preso
Por Wendal Carmo