Mundo

Pelo menos uma pessoa morre após ataques de drones russos na Ucrânia

Os ataques aconteceram nas cidades de Kiev e Odessa

Pelo menos uma pessoa morre após ataques de drones russos na Ucrânia
Pelo menos uma pessoa morre após ataques de drones russos na Ucrânia
Bombeiros atuam para conter o fogo após ataques russos em edifício de Kiev – Foto: Serviços de Emergência da Ucrânia/Divulgação
Apoie Siga-nos no

As cidades ucranianas de Kiev e Odessa foram alvos de ataques maciços com drones russos na madrugada desta terça-feira 10. Pelo menos uma pessoa morreu em Odessa, informaram as autoridades locais.

“A Rússia mente todos os dias sobre o seu desejo de paz e ataca as pessoas todos os dias. É hora de impor sanções. Hora de apoiar a Ucrânia com armas. Hora de demonstrar que a democracia tem poder”, expressou no Telegram Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, após os bombardeios.

Em Odessa, no sul da Ucrânia, os ataques a edifícios residenciais causaram a morte de um homem de 59 anos, informou o governador Oleh Kiper.

“O inimigo atacou Odessa maciçamente com drones. Infraestruturas civis sofreram danos e há incêndios. Os russos atingiram uma maternidade, um centro de emergências médicas e edifícios residenciais”, acrescentou Kiper.

O governador indicou que a maternidade foi evacuada a tempo, por isso não houve vítimas no local.

Em Kiev, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas nos distritos de Darnytskyi e Obolonskyi nos ataques aéreos que o prefeito Vitali Klitschko também classificou de maciços. Um edifício pegou fogo após os bombardeios, acrescentou Klitschko.

O chefe da administração militar da capital, Tymur Tkachenko, informou que uma pessoa ficou ferida no distrito de Shevchenkivskyi, onde outro edifício também foi incendiado.

Uma jornalista da AFP ouviu pelo menos 12 explosões e disparos da defesa antiaérea no centro de Kiev.

Troca de prisioneiros

As cidades ucranianas são alvos quase diários de ataques aéreos desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

Entre a noite de domingo e segunda, a Rússia lançou uma quantidade recorde de 479 drones explosivos contra a Ucrânia, segundo a Força Aérea ucraniana.

Na Rússia, onde a Ucrânia também intensificou os ataques de drones contra instalações estratégicas, 13 aeroportos foram fechados durante a noite por questões de segurança, incluindo os quatro terminais aéreos de Moscou e o de São Petersburgo.

Ao mesmo tempo, os esforços de paz permanecem estagnados. O único avanço registrado é o anúncio formulado na segunda-feira por Kiev e Moscou de uma troca de prisioneiros de guerra que será realizada nos próximos dias.

Nenhum dos países especificou o número de soldados a serem trocados e Kiev alegou que não dava essa informação por razões de segurança.

A troca foi acordada na segunda rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, realizada na cidade turca de Istambul em 2 de junho.

Durante a reunião, ambas as partes concordaram em libertar todos os prisioneiros gravemente feridos ou doentes, e os menores de 25 anos.

A troca foi um dos únicos pontos de consenso durante as negociações, além de uma futura troca de milhares de corpos de soldados mortos em combate.

Em contrapartida, as negociações de paz propriamente ditas enfrentam um impasse.

Moscou exige que a Ucrânia ceda os territórios que alega ter anexado e renuncie a ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Também rejeita uma trégua “incondicional” de 30 dias solicitada por Kiev e seus aliados europeus, já que considera que permitiria o rearmamento das forças ucranianas com suprimentos ocidentais.

A Ucrânia, por sua vez, exige a retirada das tropas russas e solicitou aos seus aliados ocidentais “garantias de segurança”, seja no envio de tropas ou acordos militares.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo