Mundo

Pelo menos 22 mortos em Gaza após disparos israelenses perto de centro de ajuda

A situação humanitária é muito grave na Faixa, onde 100% da população está ameaçada pela fome, segundo a ONU

Pelo menos 22 mortos em Gaza após disparos israelenses perto de centro de ajuda
Pelo menos 22 mortos em Gaza após disparos israelenses perto de centro de ajuda
Ondas de fumaça após um ataque israelense a uma casa a oeste de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 1º de junho de 2025, em meio à guerra entre Israel e o movimento militante palestino Hamas. Créditos: BASHAR TALEB / AFP
Apoie Siga-nos no

Pelo menos 22 pessoas foram mortas e mais de 120 ficaram feridas neste domingo 1º depois que disparos israelenses atingiram um grupo de pessoas que se dirigia a um centro de distribuição de ajuda alimentar americano na Faixa de Gaza, de acordo com um balanço da Defesa Civil.

“O número de mártires no massacre perto do centro de ajuda dos Estados Unidos em Rafah é de pelo menos 22, com mais de 120 feridos, incluindo crianças”, disse à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal.

Os feridos foram levados para o hospital Nasser em Khan Yunis, no sul de Gaza, por equipes da Defesa Civil e carroças de burro, disse o porta-voz.

“Havia muitas pessoas, era um caos, havia gritos, empurrões e empurrões (…) o Exército estava atirando com drones e tanques”, disse à AFP Abdallah Barbakh, DE 58 anos, que estava no centro de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), uma empresa privada apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.

A situação humanitária é muito grave na Faixa, onde “100% da população” está “ameaçada pela fome”, segundo a ONU.

Durante mais de dois meses, Israel impediu a entrada de ajuda humanitária e somente na semana passada aliviou o bloqueio.

Israel estabeleceu um novo sistema de distribuição de ajuda por meio da GFH, muito criticada pelas organizações humanitárias internacionais.

Questionado pela AFP, o Exército israelense disse que estava examinando os fatos relatados pela Defesa Civil.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo