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Acidente de avião na Coreia do Sul deixa 179 mortos e 2 sobreviventes

Trata-se do pior desastre aéreo envolvendo uma companhia sul-coreana em quase 30 anos

Acidente de avião na Coreia do Sul deixa 179 mortos e 2 sobreviventes
Acidente de avião na Coreia do Sul deixa 179 mortos e 2 sobreviventes
Dos 181 ocupantes de avião que se acidentou na Coreia do Sul, apenas dois sobreviveram – Foto: Yonhap/AFP
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Duas pessoas sobreviveram e 179 morreram após um avião da companhia aérea Jeju Air sair da pista neste domingo 29 (noite do sábado 28 no Brasil), colidir contra um muro no Aeroporto Internacional de Muan, no sul da Coreia do Sul, e explodir.

Segundo os bombeiros, até a última atualização, 65 mortos foram identificados. Os sobreviventes são dois tripulantes resgatados do avião em chamas.

O acidente ocorreu pouco depois das 9h, durante o pouso de um Boeing 737-800. O avião, proveniente de Bangkok, capital da Tailândia, transportava 181 pessoas.

Trata-se do pior desastre aéreo envolvendo uma companhia sul-coreana em quase 30 anos.

“Somente a parte traseira da aeronave ainda mantém alguma forma. É quase impossível reconhecer o restante”, declarou o chefe dos bombeiros de Muan, Lee Jung-hyun, em uma coletiva de imprensa.

O diretor-geral da Jeju Air, Kim E-bae, pediu desculpas em uma coletiva de imprensa.

O Ministério dos Territórios indicou que a torre de controle avisou à tripulação que havia ocorrido uma colisão com aves. O piloto emitiu uma mensagem de alerta pouco antes de o aparelho cair ao pousar.

“Presume-se que a causa do acidente tenha sido uma colisão com pássaros, combinada com condições climáticas adversas”, disse o chefe dos bombeiros de Muan, uma cidade a cerca de 290 quilômetros ao sul de Seul. “No entanto, a causa exata será anunciada após uma investigação conjunta.”

Um bombeiro explicou aos familiares das vítimas que os passageiros foram ejetados do avião após colidirem com a barreira, “deixando poucas chances de sobrevivência”.

Um fotógrafo da AFP viu um bom número de veículos dos serviços de emergência e dezenas de bombeiros trabalhando em torno dos restos do avião, que, com exceção da cauda, estava completamente queimado. Restos de assentos e malas cobriram parcialmente o asfalto.

No terminal, parentes e amigos aguardavam informações. Nas telas que geralmente informam sobre saídas e chegadas de voos apareciam nomes, datas de nascimento e nacionalidade das vítimas.

A Boeing anunciou, em um comunicado, estar em contato com a companhia aérea e “pronta para ajudar”.

O presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sung-mok, nomeado na sexta-feira após a destituição de seu antecessor, chegou ao local do acidente e anunciou que o governo mobilizaria todos os recursos para agir após a tragédia.

A primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, enviou suas condolências às famílias das vítimas em uma mensagem publicada na rede social X.

Duas mulheres tailandesas, de 22 e 45 anos, estavam a bordo do avião, confirmou o porta-voz do governo tailandês, Jirayu Houngsub.

O Papa Francisco afirmou ter rezado neste domingo pelas vítimas. “Meus pensamentos estão com as muitas famílias na Coreia do Sul que hoje estão de luto pelo dramático acidente de avião. Uno-me em oração aos sobreviventes e aos mortos”, disse após o Angelus.

Acidentes de avião são muito raros na Coreia do Sul. O mais mortal até agora no país foi o de um Boeing 767 da Air China vindo de Pequim que caiu em uma colina perto do aeroporto de Busan-Gimhae em 15 de abril de 2002, deixando 129 mortos.

Os choques com pássaros durante o voo são um perigo real, principalmente quando se trata de aviões a jato, pois a potência de seus motores pode diminuir rapidamente ou até mesmo parar completamente, caso ocorra esse tipo de incidente.

Em 2009, um Airbus A320 da US Airways teve de fazer um pouso de emergência no rio Hudson, em Nova York, depois que seus dois jatos pararam após aspirar pássaros. O acidente, conhecido como o “Milagre do Hudson”, não registrou mortes.

(Com informações da AFP)

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