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Peço a outras nações que se juntem a nós, diz Biden após anunciar aumento do repasse ao Fundo Amazônia

Norte-americano confirmou que pedirá autorização do Congresso para doar US$ 500 milhões para proteção das florestas no Brasil

Foto: Drew Angerer / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
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O presidente dos Estados Unidos Joe Biden oficializou, durante o Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima nesta quinta-feira 20, a intenção de ampliar o repasse para o Fundo Amazônia. Ele comunicou que pediu liberação ao Congresso para que o valor seja ampliado de 50 milhões de dólares para 500 milhões. No seu discurso, o norte-americano cobrou que outras nações também façam doações ao fundo para preservação das florestas.

“Hoje, tenho o prazer de anunciar que solicitarei os fundos para que possamos contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia e outras atividades relacionadas ao clima nos próximos cinco anos para apoiar o esforço renovado do Brasil para acabar com o desmatamento até 2030”, confirmou Biden.

“E peço a você que se junte a nós no trabalho para mobilizar investimentos adicionais para ajudar a acabar com o desmatamento em todo o mundo até 2030”, pediu então o norte-americano no fórum das Grande Economias. “Juntos, temos que deixar claro que as florestas são mais valiosas conservadas do que desmatadas”.

Até aqui, fazem parte do Fundo Amazônia a Alemanha, a Noruega e os Estados Unidos. Reino Unido, França e União Europeia já manifestaram desejo de aderir à iniciativa.

Segundo Biden, sua gestão também trabalha para liberar outro 1 bilhão de dólares a serem usados em outras iniciativas de proteção da Amazônia e outros biomas da América Latina. No mesmo sentido, ele fez um apelo para que bancos de desenvolvimento liberem mais créditos para iniciativas de combate à mudança climática.

O presidente Lula (PT) esteve presente no evento e fez uma participação mais curta e protocolar. No discurso, listou uma série de iniciativas que tinham sido interrompidas por Jair Bolsonaro (PL) e que foram retomadas pela atual gestão.

“Fomos capazes de reduzir o desmatamento da Amazônia em mais de 80% ao longo de uma década, e voltaremos a fazê-lo. Os danos ao meio ambiente causados pelo governo anterior serão revertidos. Para tanto, retomamos o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, que em passado recente foi responsável pela queda recorde na devastação da floresta”, destacou. “Nossa meta é o desmatamento zero”.

O petista disse, ainda, que além da preservação dos biomas brasileiros, sua gestão tem foco em ajudar iniciativas de recuperação na África e na Ásia. “ Também trabalharemos com países que detêm florestas tropicais na África e na Ásia. [Por isso,] Como sinal de comprometimento, apresentamos a candidatura de Belém, na região amazônica, para sediar a COP30 em 2025”, disse.

Por fim, Lula aproveitou ainda para cobrar o repasse prometido em 2009 pelos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento:

“Desde a Convenção do Clima, em 1992, no Rio de Janeiro, a confiança entre os atores envolvidos têm declinado. Desde que o compromisso foi assumido, em 2009, o financiamento climático oferecido pelos países desenvolvidos mantém-se aquém da promessa de 100 bilhões de dólares por ano”, cobrou. “Como disse no início, é preciso que todos façam a sua parte”.

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