Paz violenta

A comunidade internacional contenta-se com uma Palestina “calma”, embora miserável e oprimida

Os termos da reação israelense são sempre os mesmos: “castigo exemplar”, “dar uma lição” etc. – Imagem: Yasser Qudih/AFP

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O atual conflito na Faixa de Gaza é praticamente uma reedição de conflitos anteriores, a não ser pela forma como foram realizados os ataques do Hamas. Por meios ­aéreos, marítimos e terrestres articulados com o lançamento de foguetes, os combatentes do Hamas causaram surpresa pela ousadia e intensidade das ações em território ­ocupado por Israel e provocaram centenas de mortes de civis e militares israelenses.

Assim como nos outros episódios de violência na região, o debate pautado ­pela mídia foi em torno do Hamas e com isso a questão da ocupação, opressão e humilhação que o povo palestino, em geral, e os habitantes de Gaza, em particular, vivem há 75 anos sob regime de ­apartheid foi esquecido.

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3 comentários

CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 14 de outubro de 2023 13h09
Será que a ONU espera um Oswaldo Aranha para começar a discutir esse assunto?
Paulo Sérgio Cordeiro Santos 16 de outubro de 2023 03h40
Nestes tempos plúmbeos em que temos situações de intenso conflito no globo, muita gente que está distante dele, tende a opinar dizendo e escrevendo o que não sabe, neste artigo, o professor detalha em poucas linhas o fulcro da questão palestina-israelense. De fato, as condições desumanas da população palestina, mais especificamente em Gaza levou às investidas do grupo armado Hamas, sendo que o cinismo e indiferença das grandes potências em relação a sobrevivência e dignidade de um povo que vive no limite e tivera as suas terras afanadas por outro, fez com que houvesse revolta. Nada melhor do que reparar esse erro histórico e devolver a quem de direito o que é seu, sem prejudicar a quem ocupou de forma pacífica. O fato é que não se deve culpar israelenses, nem tampouco o judaísmo que se trata de uma religião pacífica mas o sionismo que se trata de uma espécie de nacionalismo ilegítimo em que a interpretação mística a bel prazer faz com que haja a opressão sobre os povos originários. A opressão de 75 anos sobre um povo se não o escravizar traz sequelas na alma que nunca cicatrizam. Somente com a reparação do real Direito Internacional e diplomático para se resolver a questão do Estado da Palestina. Não se pode conviver com um estado beligerante eternamente. A ONU tem eterna responsabilidade e obrigação com essa questão, desde que o Estado de Israel foi criado.
José Carlos Gama 18 de outubro de 2023 12h57
Gostaria que o professor explicasse em outra ocasião, de onde vem essa força Israelense e como conseguiram vencer a guerra contra três paises vizinhos e, mesmo tendo uma população menor que a palestina ocuparam a cisjordânia e afugentaram milhoes de palestinos numa pequena faixa?

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