Mundo
Passageiro do metrô estrangula morador de rua até a morte em Nova York
A ação aconteceu na tarde de segunda-feira 1, foi filmada e causou forte repercussão nas redes sociais
Um homem negro de 30 anos morreu após ser imobilizado e estrangulado por um passageiro do metro de Nova York. A perícia determinou que a causa da morte de Jordan Neely foi asfixia provocada pela pressão cervical do agressor, um fuzileiro naval branco de 24 anos.
A ação aconteceu na tarde de segunda-feira 1, foi filmada e causou forte repercussão nas redes sociais. O movimento gerou um ato “Justiça para Jordan Neely“, ocorrido na quarta-feira 3 perto de onde ele morreu.
Protesters are calling for justice for Jordan Neely, a 30-year-old Black man who died in a New York City subway after a passenger held him in a chokehold until his body went limp. pic.twitter.com/x4Cbgw9smi
— DW News (@dwnews) May 4, 2023
As autoridades dizem que a morte de Jordan Neely foi causada por homicídio, por “compressão do pescoço [estrangulamento]”, afirmou Julie Bolcer, porta-voz do médico legista.
Neely, era um morador de rua e estava gritando com os passageiros no trem da linha F, localizado na seção Soho de Manhattan.
Neste momento, o fuzileiro passou os braços em volta do pescoço e da cabeça de Neely e o segurou por dois minutos e 55 segundos até ele ficar mole. Outras duas pessoas também são vistos segurando seus braços. Os três soltam o homem após a ação.
A polícia interrogou e libertou o fuzileiro — que não teve o nome divulgado.
“Como parte de nossa rigorosa investigação em andamento, revisaremos o relatório do médico legista, avaliaremos todos os vídeos e fotos disponíveis, identificaremos e entrevistaremos o maior número possível de testemunhas e obteremos registros médicos adicionais”, disse um porta-voz do promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, em comunicado após a decisão.
“Esta investigação está sendo conduzida por promotores seniores e experientes e forneceremos uma atualização quando houver informações públicas adicionais para compartilhar”, acrescentou.
O prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, pediu ao público que seja paciente e permita que a investigação determine todos os fatos. “Há tantas incógnitas neste momento”, disse ele à CNN.
“Não podemos simplesmente dizer o que um passageiro deve ou não fazer em uma situação como essa”, acrescentou.
De acordo com a mídia americana, Neely era um imitador de Michael Jackson e vivia nas ruas.
Rest In Peace, Jordan Neely. pic.twitter.com/sZ25wovedU
— Marxist777 (@Marxist777) May 3, 2023
O vídeo que repercutiu foi registrado por um jornalista freelancer, Juan Alberto Vazquez, que confirmou ao New York Times que o falecido estava gritando no trem antes de ser contido.
“Não tenho comida, não bebo, estou farto'”, gritou o homem, segundo Vazquez. “‘Não me importo de ir para a cadeia e pegar prisão perpétua. Estou pronto para morrer.'”
Ele acrescentou que o comportamento de Neely era estranho, mas que ele não agrediu ninguém. No momento do incidente, Vasquez disse que não acreditava que o homem fosse morrer.
“Nenhum de nós estava pensando nisso”, disse ele ao New York Times. “Ele estava se movendo e se defendendo.”
Since it’s all about color to brown skin guy, his name is Juan Alberto Vazquez his Twitter account@juansinatra due to his brown skin he’s not mention, however, the white man is the white guy conspiracies conspiracies Black people would not stop until they destroy white people… pic.twitter.com/4EYpsMRqdf
— Casper Anthony (@NYCASPERFLA) May 4, 2023
Os policiais chegaram ao local por volta das 14h27, horário local, e encontraram o homem inconsciente. Mais tarde, ele foi levado ao hospital, onde foi declarado morto.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, chamou o vídeo de “profundamente perturbador”.
“Apenas olhando para aquele vídeo, você sabe que está errado, ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa”, afirmou Hochul.
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