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Passageiro do metrô estrangula morador de rua até a morte em Nova York

A ação aconteceu na tarde de segunda-feira 1, foi filmada e causou forte repercussão nas redes sociais

Foto: Reprodução
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Um homem negro de 30 anos morreu após ser imobilizado e estrangulado por um passageiro do metro de Nova York. A perícia determinou que a causa da morte de Jordan Neely foi asfixia provocada pela pressão cervical do agressor, um fuzileiro naval branco de 24 anos.

A ação aconteceu na tarde de segunda-feira 1, foi filmada e causou forte repercussão nas redes sociais. O movimento gerou um ato “Justiça para Jordan Neely“, ocorrido na quarta-feira 3 perto de onde ele morreu. 

As autoridades dizem que a morte de Jordan Neely foi causada por homicídio, por “compressão do pescoço [estrangulamento]”, afirmou Julie Bolcer, porta-voz do médico legista.

Neely, era um morador de rua e estava gritando com os passageiros no trem da linha F, localizado na seção Soho de Manhattan. 

Neste momento, o fuzileiro passou os braços em volta do pescoço e da cabeça de Neely e o segurou por dois minutos e 55 segundos até ele ficar mole. Outras duas pessoas também são vistos segurando seus braços. Os três soltam o homem após a ação. 

A polícia interrogou e libertou o fuzileiro — que não teve o nome divulgado. 

“Como parte de nossa rigorosa investigação em andamento, revisaremos o relatório do médico legista, avaliaremos todos os vídeos e fotos disponíveis, identificaremos e entrevistaremos o maior número possível de testemunhas e obteremos registros médicos adicionais”, disse um porta-voz do promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, em comunicado após a decisão.

“Esta investigação está sendo conduzida por promotores seniores e experientes e forneceremos uma atualização quando houver informações públicas adicionais para compartilhar”, acrescentou.

O prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, pediu ao público que seja paciente e permita que a investigação determine todos os fatos. “Há tantas incógnitas neste momento”, disse ele à CNN.

“Não podemos simplesmente dizer o que um passageiro deve ou não fazer em uma situação como essa”, acrescentou.

De acordo com a mídia americana, Neely era um imitador de Michael Jackson e vivia nas ruas.

O vídeo que repercutiu foi registrado por um jornalista freelancer, Juan Alberto Vazquez, que confirmou ao New York Times que o falecido estava gritando no trem antes de ser contido.

“Não tenho comida, não bebo, estou farto'”, gritou o homem, segundo Vazquez. “‘Não me importo de ir para a cadeia e pegar prisão perpétua. Estou pronto para morrer.'”

Ele acrescentou que o comportamento de Neely era estranho, mas que ele não agrediu ninguém. No momento do incidente, Vasquez disse que não acreditava que o homem fosse morrer.

“Nenhum de nós estava pensando nisso”, disse ele ao New York Times. “Ele estava se movendo e se defendendo.”

Os policiais chegaram ao local por volta das 14h27, horário local, e encontraram o homem inconsciente. Mais tarde, ele foi levado ao hospital, onde foi declarado morto.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, chamou o vídeo de “profundamente perturbador”.

“Apenas olhando para aquele vídeo, você sabe que está errado, ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa”, afirmou Hochul.

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