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Passa de 2 mil o número de mortos após terremoto no Marrocos

Os números não são definitivos; segundo a imprensa marroquina, trata-se do terremoto mais forte já registrado no país

Moradores permanecem em uma praça em Marrakech após o terremoto. Foto: Fadel Senna/AFP
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O forte terremoto que atingiu o Marrocos na noite da sexta-feira 8 já deixou 2.012 mortos e mais de 2 mil feridos (pelo menos 1.404 em estado crítico), de acordo com o mais recente balanço do Ministério do Interior. Os números ainda não são definitivos e podem subir, segundo a pasta.

1.293 pessoas morreram na província de Al Haouz e 452 na província de Tarudant, ambas localizadas ao sul de Marrakech.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto teve magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros, com epicentro 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech, na noite da sexta-feira 8. O Centro Nacional de Pesquisa Científica e Técnica do Marrocos indicou uma magnitude 7.

As autoridades marroquinas declararam três dias de luto nacional após o terremoto, considerado o mais potente já registrado no país, segundo a imprensa marroquina.

Fossas cavadas

Na cidade de Moulay Brahim, em Al Haouz, as equipes de resgate trabalharam neste sábado em busca de sobreviventes nos escombros.

Em Marrakech, marroquinos atordoados inspecionavam os danos nas suas casas entre pilhas de escombros, poeira e carros esmagados por pedras.

O tremor foi sentido até na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, e na vizinha Argélia, onde não houve vítimas.

A Cruz Vermelha Internacional alertou que Marrocos pode precisar de meses ou anos de ajuda para reconstruir as áreas atingidas.

Solidariedade

O Papa Francisco expressou “sua profunda solidariedade pelas vítimas”, em uma mensagem enviada pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

O rei da Espanha, Felipe VI, disse estar “desolado ao receber a notícia do violento terremoto que causou um número elevadíssimo de vítimas fatais”.

Vários países, incluindo Espanha, Reino Unido, Itália, Israel e Estados Unidos, ofereceram apoio a Marrocos para as operações de resgate.

A França, que tem uma grande população de origem marroquina, manifestou a sua “solidariedade”. O presidente Emmanuel Macron disse estar “em choque”.

Também expressaram condolências os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; da Turquia, Recep Tayyip Erdogan; e da China, Xi Jinping.

A União Africana divulgou a sua “grande dor” pela tragédia.

Na Cúpula do G20 em Nova Délhi, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse estar “extremamente triste com a perda de vidas”.

(Com informações da AFP)

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