Mundo
Partidos austríacos fazem acordo para formar governo sem a extrema-direita
A coalizão vai reunir conservadores, liberais e social-democratas


O partido conservador austríaco ÖVP anunciou nesta quinta-feira 27 que chegou a um acordo com os social-democratas e os liberais para formar um governo sem a presença da extrema-direita, que teve o partido mais votado nas eleições legislativas de setembro.
“Nos últimos dias, buscamos sem descanso um programa comum, que será apresentado hoje [quinta]”, declarou em um comunicado o líder do ÖVP, Christan Stocker, após quase cinco meses de árduas negociações.
O Partido da Liberdade (FPÖ), de extrema-direita, venceu as eleições com quase 29% dos votos, mas não conseguiu um acordo com os conservadores para formar o governo.
Após o colapso das negociações do FPÖ, o ÖVP, os social-democratas (SPÖ) e os liberais retomaram as conversas.
Stocker declarou que o programa comum adotado pretende “fazer o que é correto para a Áustria neste momento”.
O presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, havia solicitado aos líderes dos partidos que alcançassem rapidamente um acordo, depois que o país ficou sem governo pelo período mais longo de sua história moderna.
O ÖVP, à frente do país de 9 milhões de habitantes desde 1987, formou governo com o SPÖ em várias ocasiões, o que foi chamado de grande coalizão.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.