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Parlamento russo afirma que respeitará “escolha histórica” da Crimeia em referendo

“Respeitaremos a escolha histórica da população da Crimeia”, declarou Serguei Naryshkin, presidente da Duma. Os eleitores poderão optar entre uma incorporação à Rússia ou uma autonomia reforçada

Membros das forças russas no dia 4 de março de 2014 em Kerch
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Moscou (AFP) – O Parlamento russo respeitará a “escolha histórica” da Crimeia no referendo que vai propor aos eleitores a incorporação da península autônoma ucraniana à Federação Russa, afirmou o presidente da Duma (câmara baixa) daquele país.

“Respeitaremos a escolha histórica da população da Crimeia”, declarou Serguei Naryshkin, citado pelas agências russas, dando a entender que os deputados russos votariam a favor de uma incorporação da Crimeia à Rússia. “Apoiaremos a escolha livre e democrática da população da Crimeia”, acrescentou, durante uma reunião em Moscou com uma delegação do Parlamento autônomo.

Controlado por representantes pró-Moscou, o Parlamento da Crimeia solicitou na quinta-feira ao presidente russo, Vladimir Putin, a incorporação da península ucraniana do Mar Negro à Rússia e anunciou a convocação de um referendo para 16 de março, com o objetivo de ratificar a decisão.

Os eleitores poderão optar entre uma incorporação à Rússia ou uma autonomia reforçada.

O presidente interino ucraniano, Olexander Turchinov, denunciou um crime contra a Ucrânia cometido pelos militares russos” e anunciou a abertura de um procedimento de dissolução do Parlamento da península.

Os governos da Europa e dos Estados Unidos também condenaram a decisão e anunciaram novas sanções diplomáticas contra Moscou.

Putin examinou na quinta-feira o pedido da Crimeia durante uma reunião do Conselho de Segurança russo, informou o Kremlin, sem revelar detalhes.

O deputado russo Serguei Mironov, presidente do partido Rússia Justa, disse ter apresentado um anteprojeto de lei para facilitar a incorporação à Rússia de um território de um país estrangeiro.

A Crimeia foi “dada” em 1954 à Ucrânia soviética pelo então secretário-geral do Partido Comunista Nikita Krushev. Para evitar as tentações separatistas, a Ucrânia, independente após a dissolução da URSS, concedeu em 1992 o status de república autônoma.

*Publicada originalmente na Agência Brasil

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