Parlamento não consegue eleger presidente, e Grécia terá nova eleição

Candidato do governo, Stavros Dimas, não alcança maioria na terceira rodada de votação, o que leva à dissolução do Parlamento. Eleições acontecem já em janeiro de 2015.

O candidato do governo Stavros Dimas obteve 168 votos entre os 300 deputados, pouco menos do que os 180 necessários para ser eleito.

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Os parlamentares gregos não conseguiram escolher um novo presidente para o país na terceira e última rodada de votação, nesta segunda-feira (29/12). O candidato do governo e único a disputar o pleito, o ex-comissário europeu Stavros Dimas, obteve 168 votos entre os 300 deputados, pouco menos do que os 180 necessários para ser eleito.

De acordo com a Constituição grega, eleições gerais devem agora ser convocadas, o que deixa os mercados financeiros internacionais e os parceiros da Grécia na União Europeia (UE) em clima de apreensão e incerteza. Essa situação pode abalar a economia grega, que dá frágeis sinais de recuperação.

Na Grécia, o presidente não é eleito diretamente pelo povo, mas pelo Parlamento. Como Dimas – candidato do primeiro-ministro, Antonis Samaras – falhou nas três rodadas de votação, um novo Parlamento deverá ser eleito pela população em 25 de janeiro de 2015, anunciou Samaras nesta segunda-feira. De acordo com a Constituição, o atual Parlamento terá de ser dissolvido dentro de dez dias.

O partido de esquerda Syriza, que quer renegociar o acordo de ajuda à Grécia com a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) e reverter algumas medidas de austeridade, vem aparecendo à frente na preferência dos eleitores em pesquisas de opinião. Mas a vantagem sobre o partido conservador Nova Democracia, de Samaras, tem diminuído.

No último fim de semana, Samaras apelara aos parlamentares para que apoiassem Dimas, mas se recusou a oferecer mais concessões e disse estar confiante sobre a vitória de seu partido em qualquer eleição.


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