Mundo
Parlamento da Venezuela confirma influente dirigente chavista como presidente
Jorge Rodríguez é um dos homens de confiança do presidente Nicolás Maduro


O Parlamento da Venezuela ratificou nesta sexta-feira 5 o quarto mandato do deputado chavista Jorge Rodríguez na presidência da Casa. Ele é um dos homens de confiança do presidente Nicolás Maduro e chefe da delegação do governo na mesa de diálogo com a oposição mediada pela Noruega.
Rodríguez foi ratificado por uma “maioria evidente”, com Pedro Infante na primeira vice-presidência e América Pérez na segunda, todos membros da coalizão oficialista Bloque de la Patria.
“Este será um ano de fortalecimento de nossa função parlamentar, principalmente na defesa da paz da República”, disse Rodríguez à imprensa após tomar posse.
O Parlamento unicameral tem debatido questões delicadas desde sua instalação, em 2021, incluindo a lei relacionada à corrupção, nomeação de juízes para a Suprema Corte e uma nova diretoria do Conselho Nacional Eleitoral, que organizará as eleições presidenciais deste ano.
Também foi o principal defensor de um referendo para ratificar a soberania da Venezuela na região do Essequibo, um território reivindicado há mais de um século pela Guiana que voltou à pauta pela descoberta de petróleo nesta região.
O parlamentar reiterou sua condenação à retenção de ativos da Venezuela no exterior e alertou que qualquer ação que afete os recursos do país viola os acordos assinados com a oposição em Barbados, em outubro passado, que incluem a realização de eleições no segundo semestre do ano com observação internacional.
Ele mencionou, por exemplo, o avião de carga retido na Argentina que foi apreendido pelos Estados Unidos nesta semana.
“Qualquer ação fraudulenta, de roubo ou apropriação indevida da aeronave EMTRASUR viola os acordos que alcançamos com outros governos estrangeiros”, disse Rodríguez, que antes foi vice-presidente e ministro da Comunicação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Venezuela tacha como ‘provocação’ envio de navio de guerra britânico à Guiana
Por AFP
Justiça da Argentina impõe novo revés à reforma trabalhista de Milei
Por CartaCapital
Governo brasileiro reitera apoio ao ‘direito da Argentina’ sobre as Ilhas Malvinas; entenda a disputa
Por André Lucena