Mundo
Para MPF, Chevron sabia dos riscos
Empresa aumentou propositalmente a pressão durante perfuração, causando uma fissura de 800 metros no solo marinho


Com um novo vazamento de óleo no Campo de Frade, em Campos dos Goytacazes, a norte-americana Chevron está em uma situação cada vez mais complicada. Um relatório do Ministério Público Federal (MPF) indica que a empresa deixou de tomar precauções essenciais e tinha consciência do risco do acidente durante a exploração de petróleo. Segundo o órgão, a Chevron utilizou uma pressão maior que a suportada durante a perfuração e cavou mais fundo do que o permitido. De acordo com o inquérito, o poço explodiu e o vazamento está agora sem controle. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em novembro de 2011, a petroleira derramou 2,4 mil barris de óleo no mar. Na sexta-feira, uma liminar proibiu 17 executivos da empresa e da brasileira Transocean, operadora da companhia, de deixar o País sem autorização judicial. A prisão preventiva não está descartada. O presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Raymond Buck III, de origem americana, está entre os nomes.
Os representantes terão de prestar esclarecimentos à Comissão de Meio Ambiente do Senado em audiência pública na quinta-feira 22, convocada pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Membros da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério Público Federal (MPF) e o delegado de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar também serão ouvidos.
Segundo a Polícia Federal, a indústria não está preparada para responder ao acidente causado pela Chevron, com vazamento na rocha conservadora. A própria Chevron admitiu uma fissura de 800 metros, em decorrência do acidente no ano passado. A ANP indica que, ao longo desse trajeto, existem cinco pontos de vazamento. Ao todo, foram recolhidos dois litros de óleo, desde quinta-feira.
A exploração foi interrompida na sexta-feira, a pedido da multinacional, mas a suspensão será prorrogada por conta da descoberta da fissura de 800 metros. Ildo Luís Sauer, doutor em Engenharia Nuclear e professor da Universidade de São Paulo, em no ano passado, apontou que, na prática, as próprias empresas são as únicas responsáveis pela fiscalização de suas atividades.
*Com informações da Agência Brasil
Com um novo vazamento de óleo no Campo de Frade, em Campos dos Goytacazes, a norte-americana Chevron está em uma situação cada vez mais complicada. Um relatório do Ministério Público Federal (MPF) indica que a empresa deixou de tomar precauções essenciais e tinha consciência do risco do acidente durante a exploração de petróleo. Segundo o órgão, a Chevron utilizou uma pressão maior que a suportada durante a perfuração e cavou mais fundo do que o permitido. De acordo com o inquérito, o poço explodiu e o vazamento está agora sem controle. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em novembro de 2011, a petroleira derramou 2,4 mil barris de óleo no mar. Na sexta-feira, uma liminar proibiu 17 executivos da empresa e da brasileira Transocean, operadora da companhia, de deixar o País sem autorização judicial. A prisão preventiva não está descartada. O presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Raymond Buck III, de origem americana, está entre os nomes.
Os representantes terão de prestar esclarecimentos à Comissão de Meio Ambiente do Senado em audiência pública na quinta-feira 22, convocada pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Membros da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério Público Federal (MPF) e o delegado de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar também serão ouvidos.
Segundo a Polícia Federal, a indústria não está preparada para responder ao acidente causado pela Chevron, com vazamento na rocha conservadora. A própria Chevron admitiu uma fissura de 800 metros, em decorrência do acidente no ano passado. A ANP indica que, ao longo desse trajeto, existem cinco pontos de vazamento. Ao todo, foram recolhidos dois litros de óleo, desde quinta-feira.
A exploração foi interrompida na sexta-feira, a pedido da multinacional, mas a suspensão será prorrogada por conta da descoberta da fissura de 800 metros. Ildo Luís Sauer, doutor em Engenharia Nuclear e professor da Universidade de São Paulo, em no ano passado, apontou que, na prática, as próprias empresas são as únicas responsáveis pela fiscalização de suas atividades.
*Com informações da Agência Brasil
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.