Mundo
Papa completa quatro semanas de hospitalização com mais uma noite ‘tranquila’
O pontífice argentino de 88 anos completou, na quinta-feira, 12 anos como chefe da Igreja Católica


O papa Francisco passou mais uma “noite tranquila”, informou o Vaticano nesta sexta-feira 14, dia em que a internação no hospital romano Gemelli para tratar uma pneumonia dupla completa quatro semanas, mas com sinais de melhoras nos últimos dias.
O pontífice argentino de 88 anos, que na quinta-feira completou 12 anos como chefe da Igreja Católica, deixou de ter o prognóstico reservado na última segunda-feira.
Em mais uma demonstração de sua melhora, o papa teve “uma pequena festa” com a equipe médica do hospital Gemelli para celebrar os 12 anos de pontificado, com bolo e velas incluídas, segundo o gabinete de imprensa do Vaticano.
O bispo de Roma, no entanto, continua precisando de assistência respiratória por meio de uma cânula nasal, durante o dia, e de uma máscara de oxigênio, à noite.
“A situação desta tarde continua estável, pois é necessário tempo para que um corpo de 88 anos, que sofre de uma pneumonia bilateral, se recupere em termos de energia e força”, informou uma fonte do Vaticano.
Na tarde de sexta-feira deve ser divulgado um novo boletim médico, e não se descarta que em breve seja suprimido o boletim matutino, segundo a mesma fonte.
Esta hospitalização é a quarta e mais longa desde que Francisco foi eleito em 13 de março de 2013, e representa uma interrupção em seu frenético ritmo de trabalho até então, apesar das advertências de seu entorno.
O estado de saúde do primeiro papa latino-americano provoca dúvidas a curto prazo, como sua participação nas missas e atos da Semana Santa, de 13 a 20 de abril, mas também sobre qual será o futuro de seu pontificado.
A recente convocação de um consistório de cardeais reacendeu as especulações, em particular quando este foi o formato escolhido por seu antecessor, Bento XVI, para anunciar sua renúncia inesperada em 2013.
Mas Francisco não estabeleceu uma data e, nos últimos meses, rejeitou a ideia de deixar a cátedra de São Pedro, por considerar que isto não deve virar “moda”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.