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Palestinos acusam Israel de ‘apartheid’ durante audiência na CIJ

A corte iniciou uma série de audiências para analisar as consequências legais da ocupação de Israel dos territórios palestinos desde 1967

CIJ em ação em 12 de janeiro de 2024, no julgamento de queixa da África do Sul contra Israel. Foto: Remko de Waal/ANP/AFP
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O ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina declarou nesta segunda-feira (19) em uma audiência na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que seu povo sofre com o “colonialismo e apartheid” sob a ocupação israelense.

“Os palestinos sofrem com o colonialismo e o apartheid (…) Alguns ficam furiosos com estas palavras. Deveriam ficar furiosos com a realidade que estamos sofrendo”, argumentou o ministro, Riyad al Malki, no Palácio da Paz, em Haia, sede da CIJ.

A corte iniciou uma série de audiências para analisar as consequências legais da ocupação de Israel dos territórios palestinos desde 1967.

O tribunal celebra as audiências após a Assembleia Geral da ONU solicitar a “opinião consultiva”, que não é vinculante, à CIJ sobre as “consequências jurídicas derivadas das políticas e práticas de Israel nos Territórios Palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental”.

Um número recorde de 52 países, incluindo Estados Unidos, Rússia e China, devem se pronunciar no processo em Haia.

O pronunciamento da CIJ não é vinculante, mas qualquer decisão do tribunal é analisada com muita atenção em meio à crescente pressão jurídica internacional sobre Israel desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro.

O ataque dos milicianos islamistas no sul de Israel matou 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Israel respondeu com uma grande ofensiva em Gaza, com o objetivo de “aniquilar” o Hamas, que governa o território palestino desde 2007. Segundo o movimento palestino, a operação deixou mais de 29.000 mortos até o momento.

As audiências que começaram nesta segunda-feira correspondem a um caso independente do recurso de emergência apresentado pela África do Sul, que argumenta que Israel violou a Convenção para a Prevenção de Genocídios durante a ofensiva em Gaza.

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