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Países se fecham contra o coronavírus; Madri vira cidade-fantasma

No mundo todo, os países continuam a adotar medidas de emergência e a fechar suas fronteiras para conter a pandemia de coronavírus

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Comércios fechados, praças e parques desertos: a pulsante capital espanhola e outras importantes cidades, como Sevilha, se transformaram em cidades-fantasma neste sábado 14. O governo da Espanha decretou “estado de alerta” contra o coronavírus, no segundo país mais atingido pela pandemia na Europa.

Em Madri, as movimentadas Puerta des Sol e Plaza Mayor, habitualmente tomadas pela multidão, estavam vazias nesta tarde. Apenas alguns policiais, funcionários de limpeza municipal e turistas isolados circulavam. A região madrilena, a mais afetada pelo coronavírus no país, determinou que todos os estabelecimentos comerciais devem fechar, à exceção dos de primeira necessidade, na tentativa de frear a epidemia. No balanço atualizado, a região teve 133 mortes.

Em menos de uma semana, o país viu o número de infectados aumentar por 10. No total, mais de 5,7 mil casos foram registrados na Espanha.

No mundo todo, os países continuam a adotar medidas de emergência e a fechar suas fronteiras para conter a pandemia de coronavírus. Os Estados Unidos declararam estado de emergência na sexta-feira 13.

A Venezuela, com dois casos, se declarou em “estado de alarme”. Já a vizinha Colômbia anunciou o fechamento das fronteiras terrestres com a Venezuela e restringiu a entrada de estrangeiros que estiveram na Europa e na Ásia nos últimos 14 dias.

O Uruguay impôs quarentena aos viajantes de nove países, e o Panamá suspendeu os voos com a Europa. A Arábia Saudita cancelou todos os voos internacionais a partir deste domingo, por 14 dias.

A epidemia já matou mais de 5,3 mil pessoas e contaminou 141 mil no mundo, em 124 países, segundo a Organização Mundial da Saúde.

França realiza eleições sob fortes precauções

Na França, o último balanço indica 800 novas contaminações e 18 mortes em 24 horas, comprovando a aceleração da epidemia no país. Neste contexto, o país se prepara para realizar o primeiro turno das eleições municipais, neste domingo. A votação se anuncia marcada por uma forte abstenção, por medo do coronavírus.

As mesas de votação, e os corredores e portas das seções serão desinfetados centenas de vezes durante o dia, garantem as autoridades, que também tomarão medidas para evitar filas e manter distâncias de segurança entre os eleitores.

Pacote de ajuda nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes aprovou na madrugada um pacote de medidas para ajudar a economia do país a enfrentar essa crise excepcional. O texto passou com ampla aprovação de republicanos e democratas, que atenderam ao apelo do presidente Donald Trump.

O Senado ainda deve votar as medidas, provavelmente na segunda-feira. Se aprovado, o pacote prevê que os testes de COVID 19 serão gratuitos quando necessário, inclusive para quem não tem convênio de saúde. Os trabalhadores poderão se beneficiar de licenças do emprego de duas semanas a três meses, por razões familiares ou médicas.

China tem menor número de casos desde o início da epidemia

Enquanto isso, a China informou neste sábado apenas 11 novos casos do coronavírus. A maioria são pessoas procedentes do exterior.

Este é o menor número de novos infectados desde o início da publicação de estatísticas sobre o novo coronavírus, em janeiro. Do total de casos, só quatro foram registrados na cidade de Wuhan, epicentro do COVID-19 e onde o vírus surgiu no final de 2019.

O presidente Xi Jinping afirma que a epidemia está “praticamente detida” no país, mas as autoridades sanitárias permanecem em alerta diante da chegada de viajantes infectados, especialmente de Irã, Coreia do Sul, Itália e Estados Unidos.

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