Os dois acordos assinados pelo Brasil no Egito

Principal medida visa ampliar a exportação de carnes

Lula e Abdel Fattah Al-Sisi, presidente do Egito. Foto: Ricardo Stucker

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A viagem de Lula (PT) ao Egito, focada na situação de conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio, também serviu para que o governo brasileiro assinasse novas parcerias com o país africano. A principal delas, oficializada nesta quinta-feira 15, visa a ampliação de comércio de carnes entre as duas nações.

Trata-se, neste caso, de um protocolo para exportações assinado pelos governos em cerimônia que contou com a presença de Lula e Abdel Fattah Al-Sisi, presidente do Egito.

A medida, na prática, “cria uma equivalência dos sistemas de inspeção de carnes, também conhecido como ‘pre-listing'”. Com isso, o comércio de bovinos, suínos e aves brasileiras para o Egito se torna menos burocrático, já que apenas a fiscalização sanitária brasileira será suficiente para a entrada dos produtos no norte da África.

Antes do acordo, explica o Planalto em nota, a renovação da habilitação de estabelecimentos brasileiros para exportação exigia auditorias presenciais por parte das autoridades egípcias. A medida aumentava os custos na negociação, além de limitar o número de exportadores. Ao menos 30 produtores de carnes brasileiras estavam na fila para ter autorização de venda para o Egito, facilitada com o protocolo assinado.

“O ‘pre-listing’ reflete o alto grau de confiança no controle sanitário brasileiro, especialmente no Serviço de Inspeção Federal (SIF), cuja excelência é reconhecida por mais de 150 países importadores”, afirmou, em nota, o Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária e responsável pela assinatura do protocolo.

O Egito é um dos seis maiores importadores mundiais de carne bovina do Brasil e líder na importação de carne de aves brasileiras.


Ciência e Tecnologia

Um segundo acordo assinado pelo governo Lula durante a viagem a passagem do petista por Cairo é o Memorando de Entendimento na área de ciência, tecnologia e inovação.

“O texto pretende elevar a cooperação bilateral na área e incentivar a colaboração entre empresas, universidades e institutos de pesquisa, incluindo projetos conjuntos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, intercâmbios de pessoal e seminários”, explica o Planalto em nota.

Estão previstos, pelo memorando, intercâmbio entre pesquisadores, estudantes e servidores de universidades federais. Há ainda a intenção de organização conjunta de eventos, chamadas conjuntas de pesquisa e troca de informações entre as instituições de ensino dos dois países.

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