Leio no jornal O Globo, edição de domingo 20 de agosto:
“Todos os dias, o jovem argentino Amaru Carrasco, de 24 anos, trabalha das 6 da tarde à meia-noite na rua, com uma bicicleta que comprou usada, como entregador. Amaru estudou alguns anos de jornalismo, mas não terminou o curso numa faculdade particular de Buenos Aires, entre outros motivos, pelo alto custo da mensalidade. O jovem mora, com a mãe, no bairro de San Cristóbal, região de classe média da capital argentina. Quando é perguntado se não tem medo de votar no candidato de extrema-direita Javier Milei nas eleições presidenciais deste ano, responde com outras perguntas: ‘Medo de quê? Não tenho proteção nenhuma do Estado, nem férias, nem décimo terceiro. Sofro a violência na rua todos os dias, já roubaram minha bicicleta duas vezes. Tenho medo é de continuar assim e de que nada mude. O que mais pode piorar para pessoas como eu?’”
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