Mundo

Oposição síria convoca dia de luto e fúria antes de reunião na ONU

DAMASCO (AFP) – A oposição convocou um dia de luto e fúria nesta terça-feira 31, na Síria, depois da morte de centenas de pessoas numa escalada da repressão do regime e horas antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, que não consegue superar […]

Apoie Siga-nos no

DAMASCO (AFP) – A oposição convocou um dia de luto e fúria nesta terça-feira 31, na Síria, depois da morte de centenas de pessoas numa escalada da repressão do regime e horas antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, que não consegue superar suas divisões para por fim ao banho de sangue.

A violência na Síria provocou 100 mortes na segunda-feira 30, incluindo 55 civis que faleceram em ações das forças de segurança do governo, em sua maioria na região de Homs, anunciou nesta terça-feira 31 o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Cinquenta e cinco civis morreram, sendo 40 deles em Homs e seus arredores, nove em Deraa, cinco nos subúrbios de Damasco e um em Idleb, destacou o OSDH.

Além disso, 10 soldados dissidentes, seis membros das forças de segurança e 25 soldados regulares também morreram na segunda-feira, destacou a ONG.

Há vários dias a violência registra um aumento considerável na Síria.

Nesta terça-feira 31, diplomatas dos Estados Unidos e de vários países da Europa devem manifestar apoio no Conselho de Segurança da ONU a um plano de paz árabe para o país, apesar da oposição da Rússia.

Na véspera, o ministério sírio das Relações Exteriores afirmou que a Síria “continuará sua defesa contra o terrorismo” e acusou os Estados Unidos e os países ocidentais de desejarem espalhar o “caos”.

Desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, a repressão deixou milhares de mortos, segundo a ONU.

Oposição russa

A Rússia considerou que a adoção pela ONU da resolução sobre a Síria proposta pelos europeus e pelos países árabes poderá causar uma guerra civil no país.

“O projeto ocidental de resolução do Conselho de Segurança não está na direção de um compromisso. Impor esse projeto abriria caminho para uma guerra civil”, declarou nesta terça-feira 31 o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Guennadi Gatilov, em sua conta Twitter.

O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir a partir das 15 horas locais (18 horas de Brasília) para examinar um projeto de resolução que retoma as linhas principais de um plano para pôr fim à crise anunciado há uma semana pela Liga Árabe.

Esse texto, apoiado principalmente pela França, pelo Reino Unido, pelos Estados Unidos e por vários países árabes, prevê o fim da violência e a transferência dos poderes do presidente Bashar al-Assad para seu vice-presidente antes do início de negociações com a oposição e da formação de um governo de união.

“A Rússia e a China votaram contra o projeto de resolução proposto em outubro por nossos colegas ocidentais, que estabelece um plano de negociação inaceitável. O atual projeto ocidental não está longe da versão de outubro e, certamente, não podemos apoiá-lo”, já havia declarado Gatilov na segunda.

DAMASCO (AFP) – A oposição convocou um dia de luto e fúria nesta terça-feira 31, na Síria, depois da morte de centenas de pessoas numa escalada da repressão do regime e horas antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, que não consegue superar suas divisões para por fim ao banho de sangue.

A violência na Síria provocou 100 mortes na segunda-feira 30, incluindo 55 civis que faleceram em ações das forças de segurança do governo, em sua maioria na região de Homs, anunciou nesta terça-feira 31 o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Cinquenta e cinco civis morreram, sendo 40 deles em Homs e seus arredores, nove em Deraa, cinco nos subúrbios de Damasco e um em Idleb, destacou o OSDH.

Além disso, 10 soldados dissidentes, seis membros das forças de segurança e 25 soldados regulares também morreram na segunda-feira, destacou a ONG.

Há vários dias a violência registra um aumento considerável na Síria.

Nesta terça-feira 31, diplomatas dos Estados Unidos e de vários países da Europa devem manifestar apoio no Conselho de Segurança da ONU a um plano de paz árabe para o país, apesar da oposição da Rússia.

Na véspera, o ministério sírio das Relações Exteriores afirmou que a Síria “continuará sua defesa contra o terrorismo” e acusou os Estados Unidos e os países ocidentais de desejarem espalhar o “caos”.

Desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, a repressão deixou milhares de mortos, segundo a ONU.

Oposição russa

A Rússia considerou que a adoção pela ONU da resolução sobre a Síria proposta pelos europeus e pelos países árabes poderá causar uma guerra civil no país.

“O projeto ocidental de resolução do Conselho de Segurança não está na direção de um compromisso. Impor esse projeto abriria caminho para uma guerra civil”, declarou nesta terça-feira 31 o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Guennadi Gatilov, em sua conta Twitter.

O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir a partir das 15 horas locais (18 horas de Brasília) para examinar um projeto de resolução que retoma as linhas principais de um plano para pôr fim à crise anunciado há uma semana pela Liga Árabe.

Esse texto, apoiado principalmente pela França, pelo Reino Unido, pelos Estados Unidos e por vários países árabes, prevê o fim da violência e a transferência dos poderes do presidente Bashar al-Assad para seu vice-presidente antes do início de negociações com a oposição e da formação de um governo de união.

“A Rússia e a China votaram contra o projeto de resolução proposto em outubro por nossos colegas ocidentais, que estabelece um plano de negociação inaceitável. O atual projeto ocidental não está longe da versão de outubro e, certamente, não podemos apoiá-lo”, já havia declarado Gatilov na segunda.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo