Mundo
Oposição de Angola contesta resultado das eleições legislativas
A UNITA já havia questionado os resultados preliminares publicados na semana passada; os números das eleições de 2017 também foram questionados
O principal partido de oposição de Angola, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), anunciou nesta terça-feira que vai contestar os resultados das eleições legislativas que determinam a vitória do partido governista, o que significa um segundo mandato para o presidente João Lourenço.
O partido “não reconhece os resultados” da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) divulgados na segunda-feira e que dão a vitória ao partido governante, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
O secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga Daniel, afirmou em um vídeo enviado à AFP que o partido “apresentará um recurso que terá como efeito a suspensão da declaração dos resultados definitivos”.
O partido de oposição – um ex-movimento rebelde que protagonizou uma violenta guerra civil – afirmou “que não foi informado sobre a decisão” da Comissão de ratificar os resultados provisórios que não recebeu uma “cópia do processo de apuração”.
Os candidatos têm 72 horas após o anúncio dos resultados para contestar a apuração no Tribunal Constitucional.
A eleição foi uma das mais acirradas na história de Angola e quatro dos 16 membros da CNE não assinaram os resultados definitivos, o que provocou muitos questionamentos.
O MPLA – que está no poder desde a independência do país africano de Portugal em 1975 – recebeu 51,17% dos votos, contra 43,95% para a UNITA, liderado por Adalberto Costa Júnior, segundo a CNE.
A UNITA já havia questionado os resultados preliminares publicados na semana passada. Os números das eleições de 2017 também foram questionados.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.