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Oposição a Maduro usa IA para ‘ressuscitar’ ex-presidente da Venezuela

A Ação Democrática lançou nas primárias o ex-parlamentar Carlos Prosperi

Oposição a Maduro usa IA para ‘ressuscitar’ ex-presidente da Venezuela
Oposição a Maduro usa IA para ‘ressuscitar’ ex-presidente da Venezuela
Imagem de Carlos Andrés Pérez, ex-presidente da Venezuela, gerada por inteligência artificial. Foto: Reprodução
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O ex-presidente da Venezuela Carlos Andrés Pérez “ofereceu” apoio a um dos candidatos nas eleições internas da oposição ao governo de Nicolás Maduro. Trata-se, porém, de um vídeo produzido com inteligência artificial, já que Pérez morreu em 2010.

O partido Ação Democrática, ao qual Pérez foi filiado, divulgou o vídeo que viralizou nas redes sociais. A legenda lançou nas primárias o ex-parlamentar Carlos Prosperi.

“Há 24 anos, alertei sobre o futuro sombrio que teríamos de enfrentar se aqueles que hoje governam chegassem ao poder”, diz a animação de Pérez, de terno e gravata, sentado atrás de uma mesa. Somente sua boca se move. “Após tantos anos de luta para recuperar a democracia, finalmente temos hoje a grande oportunidade de mudança, renovação e triunfo.”

“Nos próximos meses, será escolhido quem terá as melhores condições para ser presidente da Venezuela. Por isso, manifesto meu total apoio a Carlos Prosperi. Caminhem com ele. Jovem talentoso, inteligente e bom amigo”, acrescenta.

Prosperi, que foi deputado e secretário de organização da AD, tem 4,7% das intenções de voto nas primárias da oposição, previstas para 22 de outubro, segundo uma pesquisa do início de agosto conduzida pela ORC Consultores.

A favorita é María Corina Machado (com 41,42%), mas ela foi inabilitada a participar do pleito presidencial. De acordo com a Controladoria, a punição está baseada em “irregularidades administrativas” quando foi deputada, entre 2011 e 2014, e na suposta participação em “uma rede de corrupção” liderada por Juan Guaidó. Ela nega as acusações.

Pérez, frequentemente identificado por suas iniciais CAP, governou a Venezuela entre 1974 e 1979 e entre 1989 e 1993, quando foi destituído do cargo por um julgamento sobre corrupção. À época, a AD virou as costas para ele e o expulsou do partido.

(Com informações da AFP)

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