Mundo

ONU: população da Ucrânia diminuiu em 8 milhões de pessoas desde o início da invasão

Desde o início do conflito, quase 7 milhões de pessoas fugiram do país, que também registrou a menor taxa de natalidade da história recente

ONU: população da Ucrânia diminuiu em 8 milhões de pessoas desde o início da invasão
ONU: população da Ucrânia diminuiu em 8 milhões de pessoas desde o início da invasão
Parentes de militares ucranianos desaparecidos seguram faixas e retratos durante uma manifestação na Praça da Independência, em Kiev, em 16 de outubro de 2024. Foto: Anatolii STEPANOV / AFP
Apoie Siga-nos no

A população ucraniana diminuiu em oito milhões de pessoas desde a invasão russa em fevereiro de 2022, que provocou um êxodo e uma queda na taxa de natalidade, informou a ONU nesta terça-feira 22.

“Globalmente, constatamos que a população na Ucrânia diminuiu em quase 10 milhões de habitantes desde 2014 e em quase oito milhões desde o início da invasão em larga escala em 2022″, declarou Florence Bauer, diretora regional do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em uma nova enviada à imprensa.

O documento – que cita dados do governo e do UNFPA – afirma que a população da Ucrânia é de 35 milhões de habitantes este ano, contra 43 milhões em 2022 e 45 milhões em 2014, ano em que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia.

Bauer explicou que a redução é resultado de uma “combinação de fatores” e destacou que “mesmo antes da escalada da guerra”, a Ucrânia enfrentava importantes desafios demográficos.

Antes da guerra, a Ucrânia tinha uma das menores taxas de natalidade da Europa e, como em outras áreas do leste da Europa e em outros países do mundo, a população foi envelhecendo, enquanto os jovens emigram em busca de novas oportunidades, destacou Bauer.

Mas desde o início do conflito, 6,7 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia e a taxa de natalidade caiu para um filho por mulher. Este é “um dos menores índices do mundo e está muito abaixo” do limite para renovar a população, que é de 2,1 crianças, acrescentou.

A diretora do UNFPA também lamentou que as mortes de “um número significativo” de pessoas no conflito.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo