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ONG acusa Israel de utilizar fome como método de guerra em Gaza

Após meses de intensos bombardeios e combates, a maior parte da população da Faixa de Gaza foi deslocada e sofre com a escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos

Foto: Mohammed ABED / AFP
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A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou nesta segunda-feira(18) o governo israelense de submeter intencionalmente a população civil de Gaza à fome como parte de sua ofensiva no assediado território palestino.

“O governo israelense utiliza a inanição de civis como método de guerra na Faixa de Gaza ocupada, o que constitui um crime de guerra”, denunciou em um relatório o grupo com sede em Nova York.

“As forças israelenses bloqueiam deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo intencionalmente a ajuda humanitária, arrasando aparentemente zonas agrícolas e privando a população civil de objetos indispensáveis para sua sobrevivência”, afirmou.

O governo israelense respondeu à HRW, acusando-a de ser uma “organização antissemita e anti-israelense”.

Human Rights Watch (…) não condenou o ataque contra cidadãos israelenses e o massacre de 7 de outubro, e não tem base moral para falar sobre o que ocorre em Gaza se faz vista grossa para o sofrimento e direitos humanos dos israelenses”, declarou à AFP Lior Haiat, porta-voz da chancelaria.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo sangrento ataque do Hamas em 7 de outubro, quando o movimento islamista matou a 1.139 pessoas em Israel, em sua maioria civis, e sequestrou quase 250, segundo as autoridades.

O Ministério da Saúde do Hamas, que governa o território palestino, afirma que mais de 18.800 pessoas, em sua maioria mulheres e menores de 18 anos, morreram na ofensiva de Israel.

Após meses de intensos bombardeios e combates, a maior parte da população da Faixa de Gaza foi deslocada e sofre com a escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos.

Israel aprovou na sexta-feira a entrega “temporária” de ajuda através de sua passagem fronteiriça de Kerem Shalom. Um primeiro comboio entrou no domingo, indicou um funcionário do Crescente Vermelho egípcio, sob anonimato.

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