OMS pede que governos “acordem” e “iniciem combate” contra coronavírus

Organização salientou que países mais afetados têm que considerar medidas de confinamento e que problema não desaparecerá 'por mágica'

Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. Foto: CARL DE SOUZA/AFP

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta sexta-feira aos países afetados pelo coronavírus que “acordem” e “lutem” contra a pandemia, porque “os números não mentem”.

“É hora dos países olharem para os números. Por favor, não ignore o que os números dizem”, disse Michael Ryan, chefe de emergências da saúde da OMS, em entrevista coletiva.

Ryan respondia a uma pergunta sobre a situação no México, mas especificou que sua mensagem era endereçada a “muitos países”.

“As pessoas devem acordar. Os números não mentem e a situação no terreno não mente”, acrescentou. Ele ressaltou que “nunca é tarde, em uma epidemia, para assumir o controle”.

“A OMS entende perfeitamente que existem boas razões para os países quererem relançar suas economias”, acrescentou.


“Mas o problema também não pode ser ignorado, não desaparecerá como se por mágica”, disse.



Ele também enfatizou que “devemos iniciar o combate agora. Temos que parar com esse vírus agora”.

“Os países enfrentam decisões difíceis”, mas “eles absolutamente precisam quebrar as cadeias de transmissão”, incluindo a adoção de medidas de confinamento “se não houver alternativa”, afirmou Ryan.

A pandemia continua a diminuir na Europa, mas está aumentando nas Américas.

Pela primeira vez, desde o início do surto na China em dezembro, a América Latina ultrapassou a Europa em número de casos nesta sexta-feira, com mais de 2,7 milhões de contagiados.

No entanto, o continente europeu continua sendo a região com mais mortes, com quase 200.000 mortes, seguida pelos Estados Unidos e Canadá (137.421) e América Latina (121.662).

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