OMS critica ordem de Israel para retirada de palestinos em Gaza

Israel deu 24h para a retirada de um milhão de pessoas de Gaza; segundo a OMS, 'mover essas pessoas é uma sentença de morte'

Palestinos tentam sair do norte de Gaza após ultimato de Israel. Foto: MAHMUD HAMS / AFP

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que Israel reverta a ordem de retirada de civis de Gaza, afirmando que a medida equivale a uma “sentença de morte” para pacientes vulneráveis que se encontram em hospitais.

O diretor-geral da agência, que integra a ONU, apelou a Israel para reverter a sua decisão.

“Há pessoas gravemente doentes cujos ferimentos significam que a sua única hipótese de sobrevivência é utilizar aparelhos de suporte vital, como ventiladores mecânicos”, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. “Portanto, mover essas pessoas é uma sentença de morte. Pedir aos profissionais de saúde que o façam é mais do que cruel.”

A OMS disse na sexta-feira que as autoridades de saúde locais em Gaza informaram que era impossível evacuar pacientes hospitalares vulneráveis do norte de Gaza, depois que os militares de Israel pediram que os civis se mudassem para o sul dentro de 24 horas.

“Consequências devastadoras”

Antes, a própria ONU já havia criticado a medida anunciada pelos militares israelenses, afirmando que causará “consequências humanitárias devastadoras”

Segundo Dujarric, a mesma ordem de retirada “foi aplicada a todos os funcionários da ONU e às pessoas abrigadas em instalações da ONU – incluindo escolas, centros de saúde e clínicas”.


“As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”, afirmou disse o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, pedindo que “qualquer ordem desse tipo seja revogada”.

Quase 1.800 palestinos mortos

Pelo menos 1.799 pessoas morreram em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde o início da guerra deflagrada pela ofensiva do Hamas contra Israel em 7 de outubro, informou o Ministério palestino da Saúde nesta sexta-feira (13).

Em um comunicado, o ministério afirmou que “1.799 pessoas morreram, incluindo 583 crianças e 351 mulheres”. Ainda conforme a nota, há mais de 7.000 feridos.

(Com informações de DW e AFP)

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