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OMS alerta que pandemia está longe de acabar

Organização diz que vários países reduziram drasticamente seus testes usados para detectar novas variantes

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Foto: Fabrice COFFRINI/POOL/AFP
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“Esta pandemia está longe de acabar”, alertou, nesta quarta-feira 9, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, quase dois anos depois de dizer a palavra que espantou o mundo inteiro sobre a gravidade da crise sanitária causada pelo coronavírus.

“Esta sexta-feira fará dois anos desde que dissemos que a propagação da Covid-19 no mundo poderia ser descrita como uma pandemia”, disse Ghebreyesus, em conferência de imprensa, ainda virtual, em Genebra.

O chefe da OMS não deixou de lembrar que seis semanas antes, “quando apenas 100 casos foram registrados fora da China e nenhuma morte”, ele havia declarado o mais alto nível de alerta sanitário na OMS – uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Essa classificação, no entanto, não alcançou seus efeitos imediatos. Em vez disso, a organização foi posteriormente criticada por demorar muito para agir contra o desastre iminente.

“Dois anos depois, mais de 6 milhões de pessoas morreram”, disse Ghebreyesus.

Embora a OMS tenha indicado há algum tempo que o número de infecções e mortes está diminuindo, “esta pandemia está longe de terminar e não terminará em lugar algum se não conseguirmos em todos os lugares”, enfatizou o maior representante da instituição.

A OMS observou um crescimento muito forte na região do Pacífico Ocidental, embora globalmente o número de novas infecções e mortes tenham caído 5% e 8%, respectivamente, de acordo com o relatório epidemiológico, publicado semanalmente.

“O vírus continua evoluindo e continuamos enfrentando grandes obstáculos para levar vacinas, testes e tratamentos onde quer que sejam necessários”, insistiu Ghebreyesus.

A OMS está preocupada que vários países tenham reduzido drasticamente seus testes usados para detectar novas variantes. A estratégia de testes na África do Sul, por exemplo, permitiu que a cepa Ômicron fosse identificada rapidamente no final de novembro de 2021.

“Isso nos impede de ver onde está o vírus, como ele se espalha e como evolui”, alertou Ghebreyesus.

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