Obama faz campanha para eleição-chave de democrata na Virgínia

Os republicanos não vencem uma eleição neste estado desde 2009, mas o avanço do candidato democrata diminui

Foto: Ryan M. Kelly/AFP

Apoie Siga-nos no

O ex-presidente americano Barack Obama faz campanha neste sábado 23 na Virgínia para uma eleição local muito disputada, considerada uma prova para a popularidade de Joe Biden enquanto o atual ocupante da Casa Branca negocia um enorme plano de investimentos no Congresso.

Obama, que continua sendo o democrata mais popular dos Estados Unidos cinco anos após deixar o cargo, apoia Terry McAuliffe, de 64 anos, candidato ao governo da Virgínia, posto que já ocupou de 2014 a 2018.

McAuliffe, ex-presidente do Partido Democrata, está cabeça a cabeça com Glenn Youngkin, um republicano pró Donald Trump de 54 anos, com vistas à votação em 2 de novembro.

Antes que Obama, que dará um discurso à tarde na universidade de Richmond, no sul conservador do estado, a primeira-dama, Jill Biden, e a vice-presidente Kamala Harris também foram à Virgínia fazer campanha para McAuliffe. E o presidente Biden é esperado na semana que vem.

Os republicanos não vencem uma eleição neste estado desde 2009, mas o avanço do candidato democrata diminui.

Uma vitória de McAuliffe daria impulso ao programa que a ala à esquerda do partido quer aprovar no Congresso, mas uma derrota poderia dar força à ala moderada democrata, que tem dúvidas sobre o pacote de gastos de cerca de 3 trilhões de dólares.


Obama espera motivar os eleitores afro-americanos, chaves neste estado do sul dos Estados Unidos.

“Tenho visto Terry defender firmemente os valores que nos importam: a proteção do direito ao voto de cada cidadão, a luta contra as mudanças climáticas e a defesa do direito ao aborto”, disse Obama em uma propaganda prévia à sua visita.

McAuliffe apresentou a votação como um referendo sobre Trump.

“Se os democratas votarem em grande número, como em 2020, vencemos. Mas se não, perderemos e então poderemos dar adeus a todo o progresso obtido pela Virgínia e olá ao ressurgimento do trumpismo no nosso país”, disse em mensagem a seus eleitores.

Youngkin se concentrou nas escolas, fazendo campanha contra o uso obrigatório de máscaras, repudiado pelos eleitores de Trump, que não foi à Virgínia, mas apareceu virtualmente em um comício de campanha do candidato republicano.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.