Milhões de angolanos foram às urnas em uma eleição histórica descrita como “momento existencial” para o importante país da África Central, rico em petróleo, e um teste para a democracia numa ampla extensão do continente. A votação na quarta-feira 24 colocou políticos veteranos diante de uma geração de jovens eleitores que começam a entender que podem provocar uma mudança radical e escapar da sombra da Guerra Fria.
Observadores dizem que o descontentamento com o governo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde que o país declarou independência de Portugal, em 1975, chegou a um ponto em que o partido só conseguirá garantir mais cinco anos por meio de aparelhamento e repressão. “É uma eleição existencial, e será uma disputa muito acirrada. Se houvesse eleições livres e justas, não há dúvida de que a oposição venceria, mas o governo não vai permitir”, afirma Paula Cristina Roque, analista e escritora independente.
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