Mundo

O ultraconservador candidato a vice pelo Partido Republicano

Paul Ryan é um ultraconservador de 42 anos com um discurso radical disposto a acabar não só com a presidência democrata, mas também com o modelo de bem-estar nos Estados Unidos

Paul Ryan. Foto: ©AFP/Getty Images / Spencer Platt
Apoie Siga-nos no

TAMPA, EUA (AFP) – Paul Ryan, o candidato republicano à vice-presidência dos Estados Unidos escolhido por Mitt Romney, é um ultraconservador de 42 anos com discurso radical, em que se mostra disposto a acabar não só com a presidência democrata, mas também com o modelo de bem-estar social nos Estados Unidos.

Ryan é pouco conhecido do público americano. Construiu sua carreira totalmente na política, em Washington, desde o início como assistente de um congressista até a sua primeira eleição ao Congresso, aos 28 anos. Desde então, Ryan sempre venceu em seu distrito, no Estado do Wisconsin, com um discurso radical, dirigido precisamente a colocar de pernas para o ar o Congresso e o status quo político em Washington.

Católico, contrário ao aborto, de boa aparência e fã de esportes, Ryan parece mais confortável do que seu companheiro de chapa, Mitt Romney. Quando o ex-governador e aspirante à presidência o escolheu em 11 de agosto, o nome de Ryan despertou o entusiasmo da base mais radical do Partido Republicano, o Tea Party.

Sua popularidade tem raízes profundas. Ryan apresentou há seis anos um programa de gastos públicos que inclui a reforma do sistema de saúde público, a mudança do sistema de aposentadorias por meio de um bônus para que os aposentados contratem planos particulares e cortes profundos nos programas sociais.

Este programa passou despercebido, mas em 2010 a onda conservadora que levou os republicanos a se apoderarem da Câmara de Representantes deu uma reviravolta na situação política de Ryan.

Ambicioso e desenvolto nos corredores do Congresso, Ryan conseguiu convencer o comando republicano de que valia a pena apostar em sua proposta. O representante pelo Wisconsin conquistou a presidência da importante Comissão de Orçamento da Câmara.

A maioria republicana debateu e aprovou, em seguida, grande parte de suas propostas no plenário, um plano logo rejeitado pelos democratas no Senado. Mas Ryan conseguiu, assim, que o debate chegasse ao primeiro plano da cena política nacional e depois à corrida presidencial.

Romney elegeu Ryan precisamente para incentivar as bases do partido, mas “historicamente os candidatos a vice-presidente são uma voz a mais na campanha”, explicou Susan MacManus, especialista em Ciência Política da Universidade do Sul da Flórida.

Com sua nomeação, Ryan parece querer evitar de qualquer forma o fracasso da candidata de 2008, colega de chapa do então aspirante republicano à presidência, John McCain, a governadora do Alasca Sarah Palin, que acumulou erros durante a campanha. Casado com uma ex-militante democrata, pai de três filhos, Ryan deverá apresentar seu lado mais humano, esta quarta-feira, em Tampa e à audiência televisiva de todo o país para convencer o eleitorado de que seus planos não alteram o contrato social vigente há mais de meio século.

Leia mais em AFP Movel.

TAMPA, EUA (AFP) – Paul Ryan, o candidato republicano à vice-presidência dos Estados Unidos escolhido por Mitt Romney, é um ultraconservador de 42 anos com discurso radical, em que se mostra disposto a acabar não só com a presidência democrata, mas também com o modelo de bem-estar social nos Estados Unidos.

Ryan é pouco conhecido do público americano. Construiu sua carreira totalmente na política, em Washington, desde o início como assistente de um congressista até a sua primeira eleição ao Congresso, aos 28 anos. Desde então, Ryan sempre venceu em seu distrito, no Estado do Wisconsin, com um discurso radical, dirigido precisamente a colocar de pernas para o ar o Congresso e o status quo político em Washington.

Católico, contrário ao aborto, de boa aparência e fã de esportes, Ryan parece mais confortável do que seu companheiro de chapa, Mitt Romney. Quando o ex-governador e aspirante à presidência o escolheu em 11 de agosto, o nome de Ryan despertou o entusiasmo da base mais radical do Partido Republicano, o Tea Party.

Sua popularidade tem raízes profundas. Ryan apresentou há seis anos um programa de gastos públicos que inclui a reforma do sistema de saúde público, a mudança do sistema de aposentadorias por meio de um bônus para que os aposentados contratem planos particulares e cortes profundos nos programas sociais.

Este programa passou despercebido, mas em 2010 a onda conservadora que levou os republicanos a se apoderarem da Câmara de Representantes deu uma reviravolta na situação política de Ryan.

Ambicioso e desenvolto nos corredores do Congresso, Ryan conseguiu convencer o comando republicano de que valia a pena apostar em sua proposta. O representante pelo Wisconsin conquistou a presidência da importante Comissão de Orçamento da Câmara.

A maioria republicana debateu e aprovou, em seguida, grande parte de suas propostas no plenário, um plano logo rejeitado pelos democratas no Senado. Mas Ryan conseguiu, assim, que o debate chegasse ao primeiro plano da cena política nacional e depois à corrida presidencial.

Romney elegeu Ryan precisamente para incentivar as bases do partido, mas “historicamente os candidatos a vice-presidente são uma voz a mais na campanha”, explicou Susan MacManus, especialista em Ciência Política da Universidade do Sul da Flórida.

Com sua nomeação, Ryan parece querer evitar de qualquer forma o fracasso da candidata de 2008, colega de chapa do então aspirante republicano à presidência, John McCain, a governadora do Alasca Sarah Palin, que acumulou erros durante a campanha. Casado com uma ex-militante democrata, pai de três filhos, Ryan deverá apresentar seu lado mais humano, esta quarta-feira, em Tampa e à audiência televisiva de todo o país para convencer o eleitorado de que seus planos não alteram o contrato social vigente há mais de meio século.

Leia mais em AFP Movel.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo