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O trator Modi

Muçulmanos da Caxemira acusam o governo indiano de endurecer a perseguição política e religiosa

Risco. Apesar da violência policial, a população da Caxemira protesta. Até críticas nas redes sociais viraram pretexto para prisões – Imagem: Tauseef Mustafa/AFP
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Suhail Ahmad Shah ficou desesperado ao ver os destroços do que durante ­duas décadas foi o seu sustento. Poucas horas antes, ele estava ocupado na oficina quando ouviu um barulho sinistro acima e o telhado de zinco começou a desmoronar. Ele mal conseguiu escapar antes que uma escavadeira esmagasse todo o lugar. “Nenhum aviso foi feito”, disse Shah, de 38 anos. “Os funcionários vieram de repente e demoliram a nossa oficina. Ninguém nos ouve. Isso não é uma atrocidade? Roubaram o nosso ganha-pão.”

Sua oficina de venda de peças de automóveis de segunda mão em Srinagar, a capital de verão do sitiado estado indiano da Caxemira, foi apenas uma das dezenas de construções em toda a região atingidas por uma ampla campanha de demolições em fevereiro. Muitas aconteceram com pouca antecedência, mesmo para quem ocupava a terra há décadas. O objetivo, segundo o governo, era “recuperar” terras estatais invadidas ilegalmente. Mais de 20 mil hectares foram confiscados antes que a ação fosse interrompida.

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