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O que se sabe sobre o soldado dos EUA detido após cruzar a fronteira da Coreia do Norte

O incidente pode intensificar as tensões entre Washington e Pyongyang

Foto: Ed Jones/AFP
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Um soldado americano entrou na Coreia do Norte durante uma visita turística à fronteira com a Coreia do Sul e ainda deve estar sob custódia norte-coreana, um incidente que pode intensificar as tensões entre Washington e Pyongyang.

Horas depois, o Estado-Maior sul-coreano anunciou que a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos no Mar do Leste, também conhecido como Mar do Japão, em uma aparente resposta ao anúncio de que um submarino dos Estados Unidos visitaria um porto sul-coreano pela primeira vez em décadas.

O soldado, identificado pelo Exército dos Estados Unidos como Travis King, e membro da Força desde 2021, cruzou a fronteira “voluntariamente e sem autorização”, afirmou nesta terça-feira 18 o coronel Isaac Taylor, porta-voz das forças americanas na Coreia.

O Comando das Nações Unidas informou que King estava em uma visita de orientação na Área de Segurança Conjunta e acredita que ele esteja sob custódia norte-coreana.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse aos jornalistas que Washington está “monitorando e investigando de perto a situação e trabalhando para notificar os familiares do soldado”.

Mais cedo, a emissora CBS News, citando autoridades dos Estados Unidos, havia informado que um membro de baixa patente do Exército americano estava sendo escoltado para casa por motivos disciplinares, mas que conseguiu deixar o aeroporto e se juntar ao grupo de turistas.

Uma testemunha, que disse ter participado da mesma excursão, contou à emissora que o grupo havia visitado um dos edifícios quando “este homem soltou um sonoro ‘ha ha ha’ e começou a correr entre os dois prédios”.

“No começo pensei que era uma brincadeira de mau gosto. Quando ele não voltou, me dei conta de que não era uma piada e então todos reagiram e as coisas ficaram loucas”, explicou.

Desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com um armistício e não com um tratado de paz, os dois países continuam tecnicamente em conflito, e a fronteira, extremamente vigiada, consiste em uma zona desmilitarizada.

Soldados de ambos os Estados trabalham frente a frente na Área de Segurança Conjunta, ao norte de Seul, sob a supervisão do comando das Nações Unidas.

O local é também um popular destino turístico, com centenas de visitantes por dia, do lado sul-coreano.

(Com informações da AFP)

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