Mundo

O que está em jogo nas eleições parlamentares europeias?

A votação ocorre até este domingo. Primeiros resultados devem ser divulgados no mesmo dia

Apoie Siga-nos no

Extrema-direita vê nas eleições do Parlamento Europeu, que começaram na quinta-feira 23 e seguem neste sábado 25 e domingo 26, uma chance histórica de ampliar seu poder. Abaixo, listamos seis pontos para você entender a disputa:

  • O que são as eleições europeias?

Trata-se da segunda maior disputa democrática do mundo, perdendo apenas para as eleições indianas. Eleitores de 28 países elegerão 751 deputados do Parlamento Europeu para um mandato de cinco anos, que começa em 2 de julho. Se o Brexit for adiante, os deputados britânicos sairão. Alguns dos 73 assentos do Reino Unido serão redistribuídos para outros países, mas o Parlamento será reduzido para 705 integrantes.

  • Quando acontece a votação?

Os Países Baixos (Holanda) e o Reino Unido votarão primeiro, na quinta-feira 23. Um punhado de países irão às urnas na sexta e no sábado (24 e 25), mas a maioria (21 deles) realizam a eleição no domingo 26. Os resultados não podem ser anunciados antes que a última seção eleitoral seja fechada, às 11 horas da noite do Horário Central Europeu, na Itália. As autoridades do Parlamento Europeu esperam anunciar a primeira projeção dos resultados, com base em pesquisas de boca de urna e votos apurados, às 23h15.

  • Como funciona a votação?

Só para aumentar um pouco a confusão do processo, vários países da União Europeia usam sistemas de votação diferentes. As regras europeias só estabelecem que deve ser usada uma forma de representação proporcional. Inglaterra, Gales e Escócia usam o chamado sistema D’Hondt para escolher seus 70 deputados. A Irlanda do Norte usa o sistema de voto único transferível, em que os candidatos são classificados pelos eleitores em ordem de preferência, para eleger seus três representantes.

  • O que é o sistema D’Hondt?

Os eleitores podem apoiar um candidato ou partido em sua região. Diferentes regiões têm números diferentes de deputados, conforme sua população. Enquanto o nordeste da Inglaterra tem três, o sudeste do país tem 18. Londres tem sua própria parcela. Pelo sistema D’Hondt, os assentos devem ser distribuídos para refletir a porcentagem dos votos totais que um partido obteve. Como a votação é dividida por região, há efetivamente uma porcentagem mínima de votos que um partido deve conseguir para garantir ao menos um deputado.

  • Os defensores da permanência na UE (Ficar) podem votar taticamente?

O partido Brexit tornou-se claramente o preferido dos eleitores que defendem a saída do Reino Unido da UE. Quem apoia o Ficar está dividido entre trabalhistas, liberal-democratas, verdes, Change UK e os partidos nacionalistas. Isso provocou perguntas sobre se os partidos deveriam ter formado algum tipo de aliança, ou se os eleitores deveriam optar taticamente por um partido.

  • Como vai funcionar o novo Parlamento Europeu?

Ao ser eleita, a maioria dos deputados adere a grupos que refletem sua visão política. No Parlamento que está de saída, há oito grupos políticos, que vão do Europa das Nações e das Liberdades, de Marine Le Pen (direita radical), à aliança radical de esquerda do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras. O maior bloco é o Partido Popular Europeu, de centro-direita, a família política de Angela Merkel e Jean-Claude Juncker.

O segundo maior são os socialistas e democratas, que incluem o recém-eleito primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o britânico Jeremy Corbyn. Os deputados do partido Brexit são integrantes do grupo Europa da Liberdade e Democracia Direta, bloco eurocético liderado por Nigel Farage. Os conservadores britânicos estão no grupo Conservadores e Reformistas na Europa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.