O Hezbollah é um grupo xiita libanês apoiado e financiado pelo Irã. Sem o Irã, não haveria o Hezbollah, e o grupo nunca escondeu essa relação. O Hezbollah tem muito poder no Líbano: é ao mesmo tempo um partido político, um grupo paramilitar e uma organização de assistência social. O braço político está representado no Parlamento libanês, onde é uma das principais forças.
O braço social garante ao grupo apoio entre boa parte da população. Já o braço paramilitar é uma milícia maior do que as Forças Armadas libanesas. Por tudo isso, o Hezbollah é muitas vezes chamado de um Estado dentro do Estado no Líbano. E ele tem um inimigo principal declarado: Israel, que pretende destruir.
Partes do Hezbollah, ou mesmo todo o grupo, são consideradas uma organização terrorista por muitos países, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha. Entre vários outros ataques, o grupo é acusado pelo atentado terrorista a um centro comunitário judaico na Argentina, em 1994, que matou 85 pessoas.
O Hezbollah foi fundado no início dos anos 80, com o apoio do Irã. O objetivo era expulsar as tropas israelenses que haviam invadido o sul do Líbano na luta contra guerrilheiros palestinos. Desde essa origem, o Hezbollah vende a ideia de que lidera a resistência contra a opressão imperialista. Por isso o forte discurso anti-israelense, antissionista e antiamericano e o posicionamento como defensor dos oprimidos pelo imperialismo colonial.
O grupo é na prática um meio para os iranianos ganharem importância estratégica no Oriente Médio.
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