Mundo

O liberal Macri congela preços e tarifas na Argentina

A medida heterodoxa visa conter a inflação, que passa de 50% nos últimos 12 meses

(Foto: ABr)
Apoie Siga-nos no

Eleito na onda liberal e conservadora que varreu a América Latina nos últimos anos, avesso do Kichnerismo e do peronismo, o argentino Mauricio Macri acaba de cometer um pecado do ponto-de-vista do pensamento ortodoxo econômico: determinou o congelamento de preços de 60 produtos básicos e tarifas dos serviço público para tentar conter a inflação, que alcança 54% nos últimos 12 meses.

Conter a inflação é uma das metas estabelecidas no acordo com o Fundo Monetário Internacional em troca de um empréstimo de 56 bilhões de dólares. Para cumprir o acerto, o Banco Central argentino decidiu ainda manter a taxa de câmbio em uma faixa fixa até o fim do ano.

Em documento divulgado pela Casa Rosada nesta quarta-feira 17, o congelamento nasceu de um acerto entre o governo e as empresas e visa “aprofundar a luta contra a inflação e ajudar a reativar a economia”.

 

Entre os produtos com preços congelados por seis meses estão óleos, arroz, farinha, macarrão, leite, iogurte e açúcar, além de alguns cortes de carne bovina.

Quanto às tarifas de serviços públicos como energia elétrica, gás, transporte público e telefonia celular, o governo concordou que não haverá novos aumentos no ano e até mesmo assumirá a diferença com alguns já autorizados às empresas.

As taxas, que por anos tiveram importantes subsídios, são um dos itens que mais aumentaram nos últimos anos.

 

Aposentados e famílias que recebem assistência social terão alguns benefícios com acesso ao crédito.

Em março, a inflação na Argentina foi de 4,7% e os preços dos alimentos subiram 6%.

No índice anualizado, os maiores aumentos foram de transporte (67,5%) e alimentos (64%).

Com informações da AFP

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo