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O isolamento da economia russa descortina desafios futuros para a economia global

No âmbito econômico, a guerra inaugura um estágio mais avançado e ostensivo de exercício do poder do dólar

Sanções. Grandes marcas optaram por abandonar os negócios na Rússia. É possível sufocar a economia de um dos maiores exportadores de petróleo do planeta? - Imagem: iStockphoto
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A invasão da Ucrânia e as sanções econômicas impostas à Rússia pelo Ocidente, na sequência das rupturas nas cadeias produtivas globais promovidas pela pandemia, que subverteram a virtuosa alta integração em percepções de dependência e em propagações de choques de ofertas, fomentam análises de que o movimento de globalização nos moldes observados desde a década de 1980 está ameaçado. O isolamento da economia russa descortina desafios futuros para a economia global.

Dados de 2020 do Banco Mundial apontam a Rússia como a 11ª maior economia do mundo, com PIB de 1,48 trilhão de dólares, cerca de 1,75% do PIB global. A produção de petróleo russo corresponde a cerca de 11% da demanda global. No setor de gás natural, a participação é de, aproximadamente, 6% do mercado mundial, mas quase um terço no caso da Europa. Segundo dados da Bloomberg, a dependência de gás russo é de 94% na Finlândia, 49% na Alemanha, 46% na Itália, 40% na Polônia e 24% na França. No mercado de metais, a empresa russa MMC Norilsk ­Nickel é atualmente a maior produtora de níquel do mundo e a Rússia responde por 44% do mercado de paládio, insumo importante na cadeia de chips. Na agricultura, é o maior exportador de trigo, com 88,9 milhões de toneladas em 2021, atrás apenas da União Europeia, China e Índia.

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