Foi uma semana movimentada para Cyril Ramaphosa, o afável presidente da África do Sul. Ele convocou seus 60 milhões de compatriotas a lembrar o legado de Nelson Mandela, falou em um fórum de investimentos realizado no “quilômetro quadrado mais rico da África” e prestou generosas homenagens a um alto funcionário do Congresso Nacional Africano, o partido no governo. Nada disso terá estressado o político veterano, prisioneiro do regime do apartheid da África do Sul e considerado o herdeiro de Mandela. Mas uma pequena notícia poderia: Ramaphosa foi ameaçado com uma intimação por um órgão de defensoria pública que investiga um escândalo que poderá representar séria ameaça à sua presidência.
“Ele foi empurrado para um canto. Esta é uma granada lançada em sua carreira política”, disse Ralph Mathekga, analista político e autor sul-africano. Os detalhes surpreendentes do que a mídia local chamou de Farmgate vazaram ao longo de meses e envolvem o presidente em uma trama que poderia ser tirada diretamente de uma das emocionantes séries policiais de tevê muito populares no país.
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