Mundo
‘O Brics continuará aberto a novos candidatos’, anuncia Lula após expansão do bloco
Presidente Brasileiro celebrou o aumento da representatividade do grupo com a chegada dos 6 novos membros


O presidente Lula (PT) celebrou, nesta quinta-feira 24, a chegada de seis novos membros ao Brics, grupo originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O bloco passará a contar, a partir de 2024, com Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
Segundo Lula, no entanto, esta não deve ser a única expansão e o bloco seguirá aberto a novos membros. Mais de 40 países haviam feito pedidos para serem parte dos Brics+.
“O Brics continuará aberto a novos candidatos e, para isso, aprovamos também critérios e procedimentos para futuras adesões”, disse Lula durante sua participação no comunicado dos líderes do grupo nesta quinta-feira.
Em seguida, o petista celebrou o aumento da representatividade dos Brics com a adesão de outros seis países:
“Agora, o PIB do BRICS eleva-se para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial”, pontuou.
Ainda no discurso, Lula tornou a falar brevemente da intenção de se criar uma moeda comum ao bloco e da reivindicação por mudanças no Conselho de Segurança da ONU, que terá apoio para que Brasil e África tenham cadeira permanente.
Por fim, o brasileiro ainda dedicou sua mensagem ao “grande amigo” Alberto Fernández, atual presidente da Argentina, recém-chegada ao grupo.
“Continuaremos avançando lado a lado com nossos irmãos argentinos em mais um foro internacional. Seguiremos defendendo temas com impacto direto na qualidade de vida de nossas populações, como o combate à fome, à pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável. Promoveremos a superação de todas as formas de desigualdade e discriminação”, disse após citar o líder vizinho.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.