Mundo
Número de mortos em ataque em Moscou sobe para mais de 60, dizem agências russas
Atentado aconteceu dentro de um auditório em Krasnogorsk, subúrbio no noroeste da capital


Mais de 60 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta sexta-feira 22 em um ataque a tiros seguido de um incêndio em uma casa de espetáculos nos arredores de Moscou, atribuído pelas autoridades russas a um “atentado terrorista sangrento” e reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
“Foi estabelecido provisoriamente que mais de 60 pessoas morreram no atentado terrorista. Infelizmente, o número e vítimas pode aumentar”, declarou o Comitê de Investigação, citado por agências de notícias russas.
Um balanço anterior das forças de segurança (FSB) havia informado que ao menos 40 pessoas morreram no ataque ao complexo Crocus City Hall.
Unidades especiais da Guarda Nacional russa (Rosgvardia) estão trabalhando no local do ataque e estão “procurando” pelos autores, acrescentou este órgão no Telegram.
A tragédia, classificada como “um atentado terrorista sangrento” pelo Ministério das Relações Exteriores russo, aconteceu dentro de um auditório em Krasnogorsk, subúrbio no noroeste da capital.
O presidente Vladimir Putin recebeu neste sábado (noite de sexta em Brasília) relatórios sobre o ataque do FSB, do Comitê de Investigação, da Guarda Nacional e dos ministérios do Interior, Saúde e Situações de Emergência, segundo fontes do Kremlin citadas por agências de notícias russas.
O presidente russo expressou seu desejo de uma rápida recuperação para os feridos no ataque, acrescentaram as agências.
O grupo Estado Islâmico, que no passado atacou diversas vezes a Rússia, reivindicou a autoria do ataque, afirmando pelo Telegram que combatentes do grupo “atacaram uma grande concentração […] nos arredores da capital russa, Moscou”.
O grupo jihadista acrescentou que, após o ataque, seu comando retornou à sua base em segurança.
O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, anunciou o cancelamento “de todos os eventos esportivos, culturais” e de caráter público durante o fim de semana.
Uma jornalista da AFP viu o edifício da sala de shows em chamas e uma fumaça negra saindo do telhado.
Alexei, um produtor musical que estava no camarim no momento do ataque, contou à AFP que “logo antes do início” do ataque, ouviu “rajadas de metralhadoras e o grito horrível de uma mulher. E, depois, muitos gritos”.
Segundo um repórter da agência Ria Novosti, pessoas em uniformes táticos invadiram a casa de shows e abriram fogo antes de lançar “uma granada ou uma bomba incendiária, provocando um incêndio”.
“As pessoas que estavam na sala se jogaram no chão para se proteger dos disparos por 15 ou 20 minutos” e muitos conseguiram “sair rastejando”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Governo brasileiro repudia ataque que deixou dezenas de mortos na Rússia
Por CartaCapital
Conselho de Segurança da ONU: Rússia e China vetam proposta dos EUA para cessar-fogo em Gaza
Por CartaCapital