Mundo

Número de detidos por golpe de Estado fracassado na Bolívia sobe para 21

Os três ex-comandantes das Forças Armadas do país estão entre os presos

Número de detidos por golpe de Estado fracassado na Bolívia sobe para 21
Número de detidos por golpe de Estado fracassado na Bolívia sobe para 21
Presos pela tentativa de golpe na Bolívia. Foto: AIZAR RALDES / AFP
Apoie Siga-nos no

As autoridades bolivianas prenderam 21 pessoas, incluindo os três ex-comandantes das Forças Armadas, pelo golpe frustrado contra o presidente Luis Arce, anunciou o governo nesta sexta-feira (28).

Até quinta-feira (27), 17 militares da ativa, reformados e civis haviam sido detidos, mas nas últimas horas foram registradas quatro novas prisões.

Há “um total de 21 pessoas presas no caso denominado golpe de Estado fracassado”, afirmou o ministro do Governo (Interior), Eduardo del Castillo, em coletiva de imprensa.

O responsável destacou, entre as novas detenções, o general Marcelo Zegarra, ex-comandante da Força Aérea.

Zegarra foi preso quando compareceu perante a Promotoria com seus dois advogados. Os outros três novos detidos, três soldados de baixa patente, foram apresentados algemados e usando coletes à prova de balas.

Segundo informações oficiais, os três comandantes depostos do Exército, da Marinha e da Força Aérea estão envolvidos no cerco com tropas e tanques à sede presidencial ocorrido na quarta-feira (26).

À frente do plano estava, segundo o governo, o general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército, que foi preso no mesmo dia junto com o vice-almirante Juan Arnez, da Marinha, após a retirada das tropas rebeldes.

Durante a rebelião militar, 14 civis foram feridos com projéteis disparados por soldados ao entrarem na praça onde fica o palácio presidencial.

Vários dos atacados foram operados “cirurgicamente”, segundo o presidente Luis Arce.

As autoridades continuam com investigações e operações para esclarecer a tentativa de golpe contra Arce, no poder desde o final de 2020.

“Desde o início afirmamos que Juan José Zúñiga não agiu sozinho, todas essas pessoas, essas 21 pessoas, não agiram unilateralmente”, comentou o ministro Del Castillo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo