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Número confirmado de mortes em naufrágio na Coreia do Sul passa de 150

Mergulhadores continuam a retirada de corpos. Operação fica mais difícil por causa da necessidade de quebrar as paredes entre as cabines da embarcação naufragada

Membros da Guarda Costeira procuraram passageiros perto da balsa sul-coreana que naufragou a caminho da ilha de Jeju de Incheon
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O número confirmado de mortos no naufrágio do navio Sewol, na costa da Coreia do Sul, ultrapassou 150 nesta quarta-feira 23, enquanto mergulhadores prosseguem as buscas para resgatar outros desaparecidos, na maioria estudantes do ensino secundário.

Desde o fim de semana, o número de corpos resgatados cresceu rapidamente, uma vez que os mergulhadores conseguiram, apesar da pouca visibilidade e violência das correntes marítimas, entrar na embarcação.

No entanto, de acordo com o porta-voz da operação, Koh Myung-seok, as buscas ficarão mais difíceis porque os mergulhadores precisarão entrar nas cabines para retirar outros corpos.

“O lounge do navio é um espaço aberto, onde nós procuramos diretamente. No caso das cabines, precisaremos quebrar as paredes divisórias, pois se trata de compartimentos”, disse Koh. Segundo ele, a maioria dos corpos foi encontrada no terceiro e quarto andar do navio, onde a maioria dos passageiros havia se aglomerado.

Embora 152 pessoas ainda estejam desaparecidas, as salas funerais na cidade de Ansan estão lotadas. A maioria dos passageiros era da cidade.

Da tripulação sobreviveram 22 de 29 membros, sendo que 11 foram presos ou detidos para investigação. O capitão Lee Jun-seok e dois outros funcionários foram presos no sábado por suspeita de negligência e abandono de pessoas em perigo.

O barco transportava 476 pessoas quando naufragou na manhã de 16 de abril, perto da costa da Coreia do Sul. O Sewol, um ferry de quatro pontes que fazia o trajeto para a ilha turística de Jeju, ao sul, transportava 352 jovens do sul de Seul. O vice-reitor, pertencente ao grupo dos sobreviventes, suicidou-se na sexta-feira. As causas do acidente ainda são desconhecidas.

A três dias da chegada do presidente dos EUA, Barack Obama, a Seul, um responsável americano disse que uma grande parte da visita terá como objetivo manifestar o apoio dos Estados Unidos ao seu aliado sul-coreano.

  • Edição Alexandre Schossler

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