Mundo
Novo pacote de sanções à Rússia é ‘imprescindível’, diz Borrell
Segundo o diplomata europeu, este novo pacote, que seria o sexto, ‘tem que tampar as lacunas que ainda não foram fechadas nos pacotes anteriores’ e se concentraria nos setores energético e bancário


Enquanto os bombardeios russos na Ucrânia se intensificam, é imprescindível aprovar um novo pacote de sanções econômicas à Rússia, disse o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, no Chile neste domingo (30).
Mais de dois meses após o início da guerra, “os bombardeios na cidade ucraniana de Odessa estão se intensificando, dando a entender que a Rússia pretende isolar a Ucrânia do mar”, explicou Borrell em uma reunião em Santiago com a imprensa, no fim de sua visita ao Chile.
Por isso, “acredito que um novo pacote de sanções, que está sendo preparado, é absolutamente imprescindível”, acrescentou o diplomata.
Este novo pacote, que seria o sexto, “inevitavelmente tem que tampar as lacunas que ainda não foram fechadas nos pacotes anteriores” e se concentraria nos setores energético e bancário.
“Há pessoas que pensam que não devem ser impostas mais sanções”, mas “temos que usar nossas capacidades econômicas e financeiras para que a Rússia pague o preço pelo que está fazendo”, destacou Borrell ao final de sua visita ao Chile, onde ele se encontrou na quarta-feira com o presidente Gabriel Boric.
O chefe da diplomacia europeia acrescentou que espera um acordo para aprovar um novo pacote antes de 16 de maio. No entanto, acrescentou, “no momento não há, mas estamos trabalhando para isso”.
Depois de visitar o Chile, Borrell viajou neste domingo para o Panamá.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.