Mundo

Novo líder militar do Gabão promete eleições livres após transição

O presidente Ali Bongo foi deposto em 30 de agosto pelos militares pouco depois de as autoridades eleitorais terem anunciado a sua reeleição para um terceiro mandato

Novo líder militar do Gabão promete eleições livres após transição
Novo líder militar do Gabão promete eleições livres após transição
Gabão: o general Brice Oligui Nguema, que chegou ao poder após depor o presidente Ali Bongo. Foto: AFP
Apoie Siga-nos no

O dirigente interino do Gabão, general Brice Oligui Nguema, que chegou ao poder após depor o presidente Ali Bongo, prometeu nesta segunda-feira (4), quando tomou posse, que devolveria o poder aos civis e realizaria “eleições livres, transparentes e credíveis”, sem especificar a data.

O general pediu a participação de todos os grupos do país para preparar uma “nova Constituição” que será aprovada por referendo para ter “instituições mais respeitosas com os direitos humanos e a democracia”.

No final do processo, “nos propomos a entregar o poder aos civis com a organização de eleições livres, transparentes e credíveis”, anunciou em um discurso após tomar posse como presidente perante os magistrados do Tribunal Constitucional.

O general expressou nesta segunda-feira a sua “surpresa” pelo golpe de Estado ter sido condenado pelas “instituições internacionais” e afirmou que os militares agiram para evitar o “derramamento de sangue”.

O presidente Ali Bongo foi deposto em 30 de agosto pelos militares pouco depois de as autoridades eleitorais terem anunciado a sua reeleição para um terceiro mandato, após 14 anos no poder.

Seu pai, Omar Bongo, governou este país rico em petróleo na África central durante mais de 40 anos.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo