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Nova greve de médicos no Reino Unido em meio a colapso no sistema de saúde

Segundo o sindicatos dos médicos juniores, após cinco semanas de negociações, não houve um acordo com o governo sobre uma oferta salarial para a categoria

Greve de médicos em Londres, no Reino Unidos. Foto: Ben Stansall / AFP
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Os “médicos juniores”, o equivalente no Reino Unido aos médicos residentes, em formação ou estágios, iniciaram nesta quarta-feira (20) uma greve para exigir o aumento de seus salários.

Após mobilizações anteriores nos últimos meses e o fracasso das negociações com o governo conservador de Rishi Sunak, a greve ocorre em um momento em que o sistema britânico de saúde pública, o NHS (na sigla em inglês), enfrenta dificuldades para absorver as gigantescas listas de espera de pacientes.

“Os salários são baixos, as condições de trabalho são ruins e não temos pessoal suficiente”, disse Sumi Manirajan, membro do sindicato BMA (Associação Britânica de Médicos), enquanto participava de uma manifestação.

“Há uma enorme fuga de cérebros” e um “verdadeiro sentimento de abandono por parte do país”, analisou o psiquiatra Joseph Kendall.

O primeiro ato da greve começou às 07H00 de quarta-feira (04H00 da madrugada em Brasília) e durará até às 07H00 de sábado (04H00). Posteriormente, os médicos vão parar de trabalhar durante seis dias, de 3 a 9 de janeiro, na que será a greve mais longa da história do NHS.

Segundo o sindicatos dos médicos juniores, após cinco semanas de negociações, não houve um acordo com o governo sobre uma oferta salarial para a categoria, que ganha em torno de 32.000 libras (40.640 dólares ou 199.446 reais na cotação atual) durante o seu primeiro ano de formação.

Foi oferecido aos médicos juniores um aumento de 3%, além do incremento de 8,8% já concedido há alguns meses, mas, segundo o sindicato BMA, estas propostas não são suficientes diante do aumento do custo de vida no Reino Unido.

O primeiro-ministro Rishi Sunak classificou a greve como “muito decepcionante”, ressaltando que os “médicos juniores” são agora “os únicos” funcionários públicos com os quais não foi assinado nenhum acordo salarial de greve.

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