O 21º dia de guerra é marcado por mais uma etapa de negociações entre Rússia e Ucrânia sem um acordo. As conversas continuam a acontecer virtualmente, todos os dias.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, destacou a suposta disposição de Moscou na busca por uma resolução, mas criticou Kiev.
“Nossa delegação está fazendo um esforço colossal”, disse Peskov a repórteres. “Repito: nossa delegação está pronta para trabalhar 24 horas por dia e demonstrou prontidão – mas, infelizmente, não vemos tanto zelo do lado ucraniano.”
Já o assessor da Presidência ucraniana Mykhailo Podolyak, um dos negociadores nas discussões com a Rússia, declarou pelas redes sociais que as conversas “são complicadas”.
“As posições dos dois lados são diferentes. Para nós, as questões fundamentais são invioláveis.”
Segundo o lado russo, qualquer proposta de cessar-fogo depende do compromisso da Ucrânia de não ingressar na Otan, de limitar suas forças armadas e de não abrigar bases militares estrangeiras ou armamento em troca da proteção de aliados, como os Estados Unidos.
Entre os obstáculos para o acordo estão a natureza das garantias oferecidas por potências ocidentais à Ucrânia – e a reação da Rússia a elas – e o status de territórios como Lugansk e Donestk, no Donbass, reconhecidos como independentes por Moscou.
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