Mundo
Nobel da Paz desiste de concorrer à presidência
Mohamed El Baradei diz que “antigo regime” continua no poder, enquanto Irmandade Muçulmana vai comandar 46% das vagas do Parlamento


Mohamed El Baradei, ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e prêmio Nobel da Paz, anunciou neste sábado 14, que não será candidato à eleição presidencial no Egito.
Segundo ele, “o antigo regime” do presidente deposto pelo povo Hosni Mubarak “não caiu” e os militares dominam o país.
“Minha consciência não me permite apresentar minha candidatura a nenhum posto enquanto não houver uma verdadeira democracia”, afirmou em comunicado.
El Baradei disse ainda que o conselho militar egípcio, no controle do país desde a renúncia de Mubarak, governa como se não houvesse acontecido o levante popular responsável pela queda do ex-ditador no último ano.
O Nobel da Paz é um dos principais críticos do projeto de reforma constitucional do país, que terá eleições para a presidência em setembro.
Parlamento
Segundo projeção divulgada pela Irmandade Muçulmana na sexta-feira 13, o grupo controlará 46% dos assentos do Parlamento egípcio, escolhido em eleições iniciadas em novembro e que se aproximam do fim.
O grupo islâmico, proibido de exercer atividades políticas durante o regime de Mubarak, terá 232 cadeiras da câmara baixa. Em seguida, aparece o partido salafista Nour, defensor da aplicação da lei islâmica, com 113 assentos (23%).
As vagas restantes, do total de 498, serão divididas entre liberais, independentes, políticos ligados à era Mubarak e outros grupos. Mais de dois terços do Parlamento ficam, no entanto, sob o comando de partidos islâmicos de posições distintas.
Com informações Agência Brasil e AFP.
Leia mais em AFP movel.
Mohamed El Baradei, ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e prêmio Nobel da Paz, anunciou neste sábado 14, que não será candidato à eleição presidencial no Egito.
Segundo ele, “o antigo regime” do presidente deposto pelo povo Hosni Mubarak “não caiu” e os militares dominam o país.
“Minha consciência não me permite apresentar minha candidatura a nenhum posto enquanto não houver uma verdadeira democracia”, afirmou em comunicado.
El Baradei disse ainda que o conselho militar egípcio, no controle do país desde a renúncia de Mubarak, governa como se não houvesse acontecido o levante popular responsável pela queda do ex-ditador no último ano.
O Nobel da Paz é um dos principais críticos do projeto de reforma constitucional do país, que terá eleições para a presidência em setembro.
Parlamento
Segundo projeção divulgada pela Irmandade Muçulmana na sexta-feira 13, o grupo controlará 46% dos assentos do Parlamento egípcio, escolhido em eleições iniciadas em novembro e que se aproximam do fim.
O grupo islâmico, proibido de exercer atividades políticas durante o regime de Mubarak, terá 232 cadeiras da câmara baixa. Em seguida, aparece o partido salafista Nour, defensor da aplicação da lei islâmica, com 113 assentos (23%).
As vagas restantes, do total de 498, serão divididas entre liberais, independentes, políticos ligados à era Mubarak e outros grupos. Mais de dois terços do Parlamento ficam, no entanto, sob o comando de partidos islâmicos de posições distintas.
Com informações Agência Brasil e AFP.
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