No fio da navalha

Apesar do aparente recuo mútuo, Israel e o Hezbollah estão de novo em rota de colisão

Rastro. Os ataques a partir do Líbano não ocorreriam sem a anuência do Hezbollah. Israelenses protestam contra o governo de ultradireita – Imagem: Mahmud Hams/AFP e Gil Cohen-Magen/AFP

Apoie Siga-nos no

Os pomares do sul do Líbano estiveram tranquilos durante quase 17 anos. Mas, enquanto os agricultores cuidavam das plantações de laranjas e bananas na quinta-feira 6, homens com foguetes espreitavam, preparando o maior ataque contra Israel desde a guerra de 2006 e levando uma região assustada à borda de mais um conflito que os líderes de ambos os lados da fronteira temem que seja pior que todos os anteriores.

As visões conhecidas de riscos a cruzar o céu azul-claro, sirenes e fumaça a brotar dos locais de impacto logo foram substituídas por medo e nervosismo. Em Beirute e Tel-Aviv, uma escalada parecia iminente. Mas, à medida que uma tarde problemática avançava, o confronto apocalíptico entre o Hezbollah e Israel, que havia sido amplamente previsto, começou a amainar. A retórica era de respostas comedidas. Israel contentou-se em culpar os grupos palestinos e colocar distância entre eles e o Hezbollah. A guerra podia esperar, por enquanto.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.