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Nicolás Maduro dá 72 horas para embaixadora da UE deixar a Venezuela

Presidente do país vizinho reagiu a sanções da União Europeia contra funcionários venezuelanos

Nicolás Maduro dá 72 horas para embaixadora da UE deixar a Venezuela
Nicolás Maduro dá 72 horas para embaixadora da UE deixar a Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Foto: Yuri Cortez/AFP
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deu 72 horas à chefe da delegação da União Europeia em Caracas, Isabel Brilhante Pedrosa, para deixar a Venezuela, em reação às sanções anunciadas nesta segunda-feira 29 pelo bloco contra 11 funcionários venezuelanos.

“Quem são eles para tentar se impor com a ameaça? Quem são? Chega! Por isso, decidi dar 72 horas à embaixadora da União Europeia para que abandone o nosso país”, disse Maduro durante ato no palácio presidencial de Miraflores.

A UE sancionou os venezuelanos, em sua maioria, por ações contra a oposição ao governo de Nicolás Maduro, entre eles Luis Parra, que disputou a presidência do parlamento de maioria opositora com Juan Guaidó em janeiro.

A decisão, publicada no Jornal Oficial da UE, eleva para 36 o número de pessoas sancionadas por, segundo o bloco, afetar a democracia, o Estado de Direito e os direitos humanos na Venezuela, país que enfrenta uma crise política e econômica.

Em janeiro, Parra, um opositor acusado de corrupção devido a um programa de distribuição de alimentos do governo de Maduro, se proclamou chefe legislativo, paralelamente à reeleição de Guaidó na unicameral Assembleia Nacional.

A UE rejeitou em junho sua ratificação como presidente do parlamento por parte do Tribunal Supremo da Justiça (TSJ), de linha chavista, ao considerar que “a sessão de votação que levou à ‘eleição’ de Luis Parra não foi legítima”.

A Venezuela se tornou em 2017 o primeiro país latino-americano sancionado pela UE que, desde então, impôs também um embargo de armas. As medidas, que são “reversíveis”, buscam promover uma solução pacífica à crise no país.

Os 27 países, cuja política externa é decidida por unanimidade, relutam em elevar a pressão ao máximo, com sanções contra Maduro, para não fechar canais diplomáticos, apesar de os Estados Unidos e opositores lhe pedirem uma posição mais dura.

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